Para o Partido Socialista, a mais recente proposta da autarquia serrana, que vai no sentido de contrair um empréstimo de três milhões de euros, é uma das ações financeiras “com condições mais gravosas para os munícipes, contraídas até hoje”. Na última sessão de câmara, o edil serrano informou os vereadores da intenção de aderir ao Plano de Apoio à Economia Local (PAEL). Contudo, as condições que tal proposta apresenta significam, no entender dos socialistas, “mais uma forma de malhar nas contas de todos”, diz Serra dos Reis, vereador socialista.
O programa que poderá dar luz verde a este novo empréstimo “não apresenta período de carência” e destina-se, no entender dos membros deste partido “a hipotecar o futuro do executivo municipal, uma vez que as medidas de austeridade e os pagamentos se estendem até 2027”. Caso os três milhões cheguem aos cofres da autarquia, cuja dívida real é já de 94 milhões de euros, “terá de se elevar ao máximo os preços cobrados pelo município através da fatura da água, aumentar as taxas e impostos como o IMI e Derrama, alienar habitações, reduzir as transferências para juntas e associações, entre outros parâmetros”, acrescentam os vereadores em comunicado.
Já do lado da autarquia, o social-democrata Carlos Pinto lembra que este novo empréstimo irá servir para dinamizar a economia local. Com os três milhões a serem empregues no pagamento de algumas faturas em atraso, “é injetado dinheiro na economia local”, sublinha o edil.