A eleição dos novos membros para um dos órgãos da máxima importância da UBI decorre já no próximo dia 6 de novembro. Até ao momento foram apresentadas duas listas dinamizadas por anteriores candidatos a reitor, António Fidalgo, catedrático da Faculdade de Artes e Letras e Manuel Santos Silva, catedrático da Faculdade de Engenharias.
O projeto “Mais Academia” nasceu “através da vontade um grande grupo de docentes de todas as cinco faculdades da instituição”, começa por explicar António Fidalgo. O catedrático e diretor do Laboratório de Comunicação Online, aponta para “a afirmação de uma universidade de qualidade onde, mais que os números, são fundamentais as pessoas”. No entender dos membros do projeto “Mais Academia”, as próximas eleições representam um dos mais importantes momentos para a vida da UBI. Isto porque, este órgão tem, entre as suas competências, iniciativas próprias e iniciativas reitorais. Logo após a eleição dos novos conselheiros há que realizar a eleição do presidente do Conselho Geral. Nesta assembleia pode ainda aprovar-se um regimento próprio, alterar os estatutos, eleger o reitor, apreciar os atos do reitor e do Conselho de Gestão; para além de propor as iniciativas que considere necessárias ao bom funcionamento da UBI e nomear o provedor dos estudantes.
Por ser mais do que um colégio eleitoral, os membros do projeto “Mais Academia” sublinham que os membros eleitos para o Conselho Geral não devem estar posteriormente ligados às equipas reitorais. Isto para que os membros deste órgão “possam ter uma atividade atenta e constante de vigilância sobre o exercício dos demais órgãos da UBI”. Uma universidade com maior autonomia e coesão é o objetivo essencial do projeto “Mais Academia”.
Outro dos projetos já conhecidos que está na corrida ao Conselho Geral é encabeçado pelo antigo reitor Manuel Santos Silva. O “Movimento Pessoas pela UBI” é baseado na ideia de que “os estudantes são a primeira razão de ser da universidade”, a isto junta-se “a qualidade do ensino e da ligação à comunidade, que dependem da qualidade da investigação”. Para além da ênfase colocada nos estudantes e demais comunidade académica, as linhas orientadoras desta lista apontam ainda para uma maior diversidade e interdisciplinaridade no seio da academia. Segundo os promotores do projeto, a Universidade da Beira Interior tem hoje um vasto espectro de formações e de faculdades, o que leva a que seja “respeitada a diversidade de saberes”.
Para o projeto “Pessoas pela UBI”, a localização geográfica da academia, no interior do País é um fator que “aumenta, ainda mais, a responsabilidade social da instituição para com a região onde está inserida”. Segundo o antigo reitor, a universidade deve continuar autónoma, mas respeitando as diferenças e a liberdade de investigar e ensinar. “A captação de estudantes dos diferentes ciclos de estudos, tendo em consideração o decréscimo do número de candidatos ao ensino superior, o aumento da competitividade na oferta formativa e a localização geográfica, constitui um dos maiores desafios para a UBI, que se irá acentuar nos próximos anos”, sublinha no seu manifesto de candidatura. Um movimento que pretende também “uma UBI humanizada, com qualidade, buscando a excelência em todas as áreas”, reitera.