Promover uma formação diversificada numa área em forte crescimento é o principal intuito dos organizadores do curso de mestrado em Gestão de Energia. O projeto foi já candidatado a fundos europeus e espera-se que em breve tenha luz verde para integrar o “Erasmus Mundus”.
Esta formação, aberta a quem já disponha de conhecimentos nas áreas em destaque, vai decorrer ao longo de quatro semestres, em três países diferentes. O DEM é um dos departamentos a estar na organização do curso que pretende ainda servir como um complemento académico, quer a quem está agora a terminar os seus estudos, quer quem já esteja a trabalhar nesta área “e pretenda uma reciclagem de conhecimentos ou um aprofundar de experiências nos campos científicos que serão ministrados ao longo do curso”, refere Abílio Silva. O presidente do DEM explica ainda que se trata de “um programa muito específico”. Enquanto que um aluno num programa norma de Erasmus tem algumas disciplinas, “aqui é um programa muito específico em que o curso tem uma estrutura rígida, com as disciplinas formatadas para dois anos, e com uma dissertação”. Os parceiros desta iniciativa têm já atividades anteriores, como é o caso da UBI, da universidade espanhola de Córdoba e a universidade polaca de Bialystok. Grupo que tem vindo a trabalhar em projetos científicos europeus e a promover diversos intercâmbios.
Para este curso em Gestão de Energia foi formada uma equipa com elementos destas três instituições que tiveram como objetivo desenhar a formação, a sua ligação com empresas e a candidatura da mesma a organismos europeus. Pelo lado da Universidade da Beira Interior estão envolvidos docentes de Engenharia Eletromecânica e também da Gestão. Abílio Silva adianta também que o curso apresenta duas vertentes, “uma mais tecnológica ligada à eletromecânica e outra vertente mais relacionada com a gestão de recursos”. Todas as disciplinas desta atividade são da responsabilidade dos três parceiros universitários e devem decorrer nas várias instituições europeias. Um dos pontos mais que acaba por distinguir esta formação das restantes é a sua interligação com empresas da área. Os mentores deste curso sublinham que os alunos vão ter de realizar um semestre em ambiente empresarial. As teses de mestrado que resultarem deste curso podem mesmo ser desenvolvidas “a partir de questões colocadas pelas empresas”. Daí que cada país tenha integrado na sua estrutura um conjunto de empresas parceiras. No caso português, a UBI tem o apoio da Galp, da EDP e da Enforce. “Esta é a ligação perfeita da academia ao mercado de trabalho, com os problemas das empresas a serem explorados e resolvidos no âmbito de teses de mestrado”, diz Abílio Silva.
Neste momento está feita a candidatura preliminar ao “Erasmus Mundus” e o curso onde a academia portuguesa participa foi já selecionado entre 177 candidaturas que foram propostas em toda a Europa. “Nós estamos já numa segunda fase de candidatura que serve essencialmente para alterar alguns pontos no programa e com grande certeza vamos ter luz verde”, acredita o presidente do DEM.