Numa iniciativa conjunta da Universidade da Beira Interior e do Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing (IADE) decorreu mais um desfile de moda de várias coleções realizadas por estudantes dos mestrados em Branding e Design de Moda.
Este evento que pretendeu aproximar e dar a conhecer o trabalho deste grupo de futuros profissionais. Rui Miguel, docente responsável pelas duas formações, “este foi o melhor ano do desfile, e estamos bastante satisfeitos”. Durante cerca de uma hora, o Palácio Quintela foi palco de uma iniciativa que contou com a participação de um grupo de 34 futuros designers que mostraram mais de uma centena de trabalhos. Enquanto os estudantes do mestrado em Branding e Design de Moda do IADE-UBI apresentam projetos de criação de marcas com a materialização em coleções de moda, os do mestrado em Design de Moda da UBI apostam na criação de coleções de autor.
“Os nossos alunos fizeram projeto e conceberam as coleções. Os de Branding criaram e deram conteúdo à marca e a partir daí desenvolveram uma coleção de moda de acordo com a filosofia da marca. No caso dos de design de moda, cada estudante desenvolveu a sua visão da aplicação de um conceito a um determinado cliente. Isto é, definiram o seu mercado e trabalharam, para ele, um conjunto de produtos”, acrescenta Rui Miguel. Estes apostaram na criação de coleções baseadas no perfil de clientes. Neste caso, cada criador “apostou no desenvolvimento de uma coleção com ADN próprio e inspirações distintas, o que originou a criação de looks bastante diferenciadores. O vestuário foi pensado como uma segunda pele, que vive junto a nós permanentemente, sendo, portanto, um campo fértil para a intervenção do design”, sublinha o responsável. Um design onde também se privilegiou as interfaces com a tecnologia, a arte e a comunicação. Por um lado, a capacidade funcional da resolução de problemas, por outro, a sensação do belo, a procura da tranquilidade espiritual e a veiculação da mensagem.
Nesse sentido, Rui Miguel lembra que “a produção das coleções foi toda feita nas nossas oficinas, desde o tingimento do fio, à elaboração e tricotagem da malha, quando houve necessidade disso, toda a estrutura dos tecidos e das coleções foi feita aqui”. O docente lembra que o Palácio Quintela “foi pequeno para tanta gente que foi visitar, tivemos um conjunto de pessoas com relevância nestas áreas, o que foi importante para despertar a atenção e o interesse para o que estamos a fazer”. Os trabalhos apresentados durante o desfile são resultado de um ano de trabalho. Segundo o corpo docente, estes cursos vêm responder à necessidade de conhecimento especializado nesta área e assumem-se como uma forma de adquirir novas experiências, partindo do pressuposto que as tendências de mercado estão intimamente ligadas à moda. Já este tipo de iniciativas, para além de apresentar à comunidade as capacidades dos alunos, “serve também para a realização dos nossos estudantes porque tiveram ali a oportunidade de verem os seus trabalhos expostos”.