Os últimos acontecimentos que tiveram lugar no município estão a deixar marcas nos partidos políticos. Serra dos Reis, presidente da comissão política do PS Covilhã denuncia a falta de diálogo da maioria social-democrata que lidera a autarquia serrana.
No entender do antigo vereador, um dos casos mais gravosos tem sido o dossier da construção da Barragem das Penhas. Todo o processo, que resultou no atraso da assinatura do contrato de construção daquela estrutura foi, para o PS, revelador desta falta de capacidade de relacionamento com os demais municípios. Serra dos Reis lamenta “a atitude e o comportamento da maioria PSD na Câmara da Covilhã, pois tem dois pesos e duas medidas”. Para o atual presidente da concelhia “sempre que a maioria PSD acha que as coisas lhe correm bem, nunca quer ouvir nem aceitar propostas do PS, abomina a palavra diálogo; quando se sente em apuros para resolver os problemas toca de pedir socorro e gritar que o PS não aceita consensos”.
No que respeita à não assinatura do contrato para a construção da barragem “o Partido Socialista desconhece quem ludibriou ou quem enganou quem, pelo que compete ao Ministério da Economia e à CMC clarificar esta situação e pedir desculpa à comunicação social e à população da Covilhã que se sentiram enganados com os cenários de pompa e circunstância e com as festas de arromba que anunciaram e para quais foram convidados”, remata.
Um dos pontos de mudança, no entender de Serra dos Reis, é o do diálogo com todos os municípios que fazem parte da região e das Águas do Zêzere e Côa. Para o socialista, o diálogo com todos os parceiros “é fundamental” e parece ser “o único caminho para uma solução consensual”. O antigo vereador acrescenta que “o município da Covilhã, não pode ter para si o exclusivo e o privilégio de não cumprir leis a que está obrigado”.
Serra dos reis espera agora que as novas datas anunciadas para a assinatura do contrato de construção não venham, “mais uma vez a ser adiadas”. Até porque, “com o descrédito que o Governo está a dar a este caso, qualquer dia temos o porteiro do Ministério da Economia a vir assinar o contrato”.