O protesto dos empresários da região foi transmitido ao ministro da Economia por Luís Veiga. O empresário ligado ao ramo da hotelaria mostrou as razões dos habitantes das zonas servidas pelas antigas SCUT em relação ao fim das portagens.
Um assunto que há muito vem sendo debatido por comissões de utilizadores, por empresários, movimentos locais e partidos políticos. Neste caso, a direção regional de Castelo Branco do Partido Comunista Português volta também a reafirmar a sua posição, relativamente a esta matéria. Para os membros desta força política o estabelecimento de portagens nestas vias acabou por se revelar uma medida que não levou em conta os protestos das populações e trouxe consequências muito graves para as zonas em causa, nomeadamente para os distritos de Santarém, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Aveiro, Porto, Faro, Viana do Castelo, Braga e Vila Real. “Após a divulgação pelo Governo de que o roubo levado a cabo às populações e empresas com o pagamento de portagens nas SCUT é para continuar, pese embora o prolongamento do regime de isenções por três meses, o PCP afirma que esta medida não resolve o problema da competitividade das empresas da região e da degradação do nível de vida das populações servindo apenas para agravar a já frágil situação económica da região e continuar a drenar riqueza para os grandes grupos económicos detentores das concessões”, afirmam em comunicado, os membros daquele movimento.
Estas preocupações foram transmitidas ao grupo parlamentar dos comunistas que apresentou um projeto de resolução na Assembleia da República que visa por termo às portagens. Para esta força partidária, a única solução viável que “poderá repor o desenvolvimento económico das regiões atravessadas pela A23, A24 e A25”.
Entretanto a solução proposta pelos responsáveis do Governo passa pela continuidade das portagens com um novo regime de descontos ou taxas de portagem reduzidas. A medida foi publicada em Diário da República e entrará em funcionamento a partir do próximo mês de outubro. Sem qualquer tipo de explicação sobre a forma ou a percentagem de isenções, a mesma medida é justificada pelo executivo governamental como forma de “mitigação do impacto associado à introdução da cobrança de taxas de portagens nas regiões servidas por estas vias”.