Joaquim Matias, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Covilhã, foi à sessão de câmara mostrar o seu descontentamento pela mais recente novidade vinda da autarquia. O corte no subsídio mensal, atribuído pela edilidade serrana, é de 3500 euros.
“Estou triste e não posso deixar passar o momento perante esta tomada de posição”, começou por explicar o antigo vereador social-democrata e um dos principais apoiantes do atual presidente. A autarquia tem nas suas competências financiar os bombeiros no que diz respeito à proteção civil. E era precisamente nesse sentido que o subsídio estava a ser atribuído de forma mensal. Contudo, o montante em causa fica agora reduzido a 2500 euros. Matias mostra-se descontente com esta posição, até porque, “se esta não fosse competência da câmara até compreendia, mas é, e agora não transfere tudo o necessário para fazermos a proteção civil”.
Para o chefe do executivo camarário, a redução do subsídio deve-se à Lei dos Compromissos. Para além disso, a câmara tinha reunido com os bombeiros no sentido de averiguar as necessidades destes, nomeadamente no diz respeito ás atividades da proteção civil, mas até à data ainda não tinham sido entregues quaisquer linhas indicativas. Pinto pretende um mapa de contabilidade analítica com as indicações e despesas das atividades relacionadas com a proteção civil. Com esse documento “a câmara poderá reavaliar a sua posição”. Para Pinto os bombeiros têm outras entidades a quem devem também pedir contas, como é o caso do Ministério da Saúde que tem em dívida cerca de 150 mil euros relativos ao transporte de doentes.