Vítor Pereira, vereador socialista na Câmara da Covilhã, colocou o problema na última reunião do executivo. Segundo o membro da autarquia existe um conflito jurídico entre a câmara e a empresa Tessimax, do grupo Paulo de Oliveira, que poderá levar ao encerramento daquela unidade fabril.
O empresário, que foi distinguido pelo atual presidente da câmara com a medalha de mérito municipal, contactou o vereador socialista no sentido de lhe transmitir a situação. Segundo Vítor Pereira, no passado mês foi solicitado ao empresário todo o processo de alteração que diz respeito a várias estruturas construídas no perímetro da fábrica “Tessimax” e que não estão na planta original. O prazo dado para que tal seja feita termina no final do mês de julho, data a partir do qual a autarquia poderá caçar o alvará da referida empresa. Para o socialista este é um caso que deve merecer a atenção por parte do executivo, uma vez que se trata de um dos principais grupos económicos da região com cerca de mil trabalhadores.
Recorde-se que o espaço original onde funcionam as atuais instalações da “Tessimax” acolhia a empresa “Nova Penteação”, que faliu há cerca de dez anos. Paulo de Oliveira acabou por adquirir o espaço e recuperar alguns postos de trabalho. Desde essa altura que a autarquia espera ver as plantas com as alterações realizadas. Contudo, passados nove anos, a câmara pede agora o documento sem o qual não irá permitir mais a laboração do espaço.
O autarca serrano ouviu a exposição do vereador da oposição e esclareceu o caso. Segundo Carlos Pinto o que está em causa é a legalidade da situação e todo o processo que se arrasta há já quase uma década. Para Pinto, “o senhor Paulo de Oliveira quer é mandar na Câmara da Covilhã e está de má fé em todo este processo”. Ao longo dos anos, a autarquia tem solicitado a regularização deste caso, mas parece que tal nunca foi feito. A notificação é justificada pelo social-democrata como uma forma de pressão para que todo o processo fique legalizado.