A história do Parque Alexandre Aibéo e a sua reconversão em jardim botânico começou a ser escrita há vários anos. Se já em Setembro de 2004 era apontado aquele local como alvo de uma reconversão urbanística, anos mais tarde, em 2010, a ideia ganha contornos práticos, nomeadamente no boletim noticioso N.º3 da Câmara da Covilhã, de outubro de 2010 onde se descreve em pormenor o novo espaço. “Uma espécie de repositório de toda a flora da Serra da Estrela vai nascer a partir da remodelação do Parque Alexandre Aibéo, uma antiga área florestal para onde está projetado um centro de interpretação, percursos pedonais, um ribeiro e a plantação de flora autóctone.
O projeto de reabilitação paisagística e urbanística do Jardim Botânico, localizado na zona alta da Covilhã foi concluído pelo arquiteto Luís Cabral e terá um posto de venda de artesanato, cafetaria e estacionamento, além de um centro de interpretação para receber o público escolar e uma ligação ao largo do estádio José Santos Pinto, que também será objeto de intervenção”.
Na nota enviada às redações, na passada semana, a autarquia convidava os interessados a participar na tão desejada inauguração do novo espaço. Segundo a mesma fonte, trata-se então de um jardim botânico de montanha que se estende por 12 mil metros quadrados e que reúne “uma vasta diversidade de espécies de flora característica da Serra da Estrela, bem como das zonas montanhosas do Sul e Centro da Europa e do Norte de África”. Esta nova estrutura conta agora com percursos pedonais devidamente identificados onde os utilizadores vão poder “apreciar mais de noventa espécies diferentes de árvores, plantas e arbustos, como carvalhos, azinheiras, sobreiros, freixos, ulmeiros, árvores de fruto, faias, ginkgo, cedros, abetos, teixos, giestas e sequóias”, acrescenta a explicação do município.
Dia 24 de junho passa então a ser data presente na placa que assinala a abertura deste espaço renovado à cidade. A festa que contou com a presença de populares e participação de vários organismo socioculturais do concelho, aconteceu assim numa quente tarde de domingo, depois das adversas condições meteorológicas não terem permitido a realização da mesma no passado dia 25 de abril.
Contudo, o novo jardim botânico encerrou portas logo após o dia inaugural. Quem nos últimos dias se tenha deslocado à zona do antigo hospital “bateu com o nariz na porta”. A entrada principal do novo espaço, localizada junto ao Grupo Desportivo da Mata e à Escola “A Lã e a Neve”, mantém-se encerrada sem qualquer informação ou horário de funcionamento.
O novo espaço pedagógico e de lazer, como o descreve a autarquia, apresenta uma infraestrutura de apoio com receção, sanitários, bar e esplanada panorâmica, mas que também se encontra, ainda, encerrada. O Urbi tentou conhecer as razões de tal facto junto do Serviço de Comunicação e Relações Públicas da Câmara da Covilhã, mas não foi possível obter uma resposta em tempo útil.