Criar produtos e serviços de telemonitorização de doentes é o objetivo do protocolo assinado na passada terça-feira, 12 de junho, no Centro Hospitalar da Cova da Beira. O documento base do Pólo de Investigação em Telemonitorização para a Saúde junta à academia, o Centro Hospitalar Cova da Beira, o agrupamento de centros de saúde local e as câmaras da Covilhã, Fundão e Belmonte.
À experiência social e prática dos municípios junta-se assim o conhecimento tecnológico da Universidade da Beira Interior e da Faculdade de Ciências da Saúde. Um melhor acompanhamento dos doentes, apesar da distância de residência destes às unidades de saúde é que está na mira dos novos produtos a serem desenvolvidos pelos investigadores. Neste momento existem já sistemas de controlo à distância de doentes crónicos que sofrem de Hipertensão Arterial, Insuficiência Cardíaca ou Hipocoagulação, em teste.
Trata-se de um projeto inovador na área da saúde, que pretende incentivar e reiterar este e outros investimentos de base tecnológica que dinamizem a economia da região. O desenvolvimento e implementação de sistemas de telemonitorização no campo da saúde irá permitir, em curto espaço de tempo, diminuir algumas assimetrias existentes no interior, no que respeita à acessibilidade dos doentes a cuidados médicos de qualidade e melhorar de forma efetiva a prestação de cuidados de saúde a quem deles precisa. A redução nos tempos de espera, o atenuar de distâncias, a promoção de um diagnóstico seguro, o acompanhamento efetivo do estado clínico dos doentes, a partilha de conhecimentos e ainda a racionalização de recursos e meios são algumas das muitas potencialidades dos sistemas de telemonitorização, resultantes da conjugação perfeita entre a inovação da tecnologia médica e as tecnologias da informação e comunicação.
Partindo de exemplos já implementados, as instituições querem crescer, "mobilizar os agentes económicos da região" e constituir "uma alavanca para atrair para a região o investimento científico e tecnológico de empresas associadas ao sector da saúde", refere o protocolo. A telemonitorização na saúde pode recorrer a redes móveis, para ligar equipamentos que medem a tensão arterial ou outros sinais vitais a computadores distantes. Os equipamentos desenvolvidos com esta base podem "detetar sintomas ou parâmetros clínicos anormais mais cedo, por forma a agir rapidamente, evitando complicações e recurso a consultas", destaca o documento.