A reunião magna dos investigadores da Universidade da Beira Interior decorreu mais uma vez como forma de analisar o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido neste âmbito. O UBIscientia juntou investigadores, docentes e empresários ligados a iniciativas desenvolvidas no seio académico.
Um dia de debate com palestras proferidas, entre outros, pelo economista Daniel Bessa, apresentação dos números relativos a projetos e financiamento, foi aproveitado para debater as linhas gerais do Instituto Coordenador da Investigação. Para o responsável máximo pela academia, este tipo de evento configura-se como “um projeto de partilha de ideias com as unidades de investigação, com os alunos, com os parceiros da instituição. Quando se fala de UBI e da investigação fala-se do futuro da academia. A investigação é, aliás, um dos quatro eixos estratégicos contemplados no Plano 2020”, lembrou João Queiroz.
A linha da investigação ganha cada vez mais solidez na vida universitária, até porque, “uma academia que se quer reforçar como universidade tem de produzir conhecimento”. Daí que o trabalho do ICI tem passado por “reorganizar a investigação e apresentá-la de forma mais organizada e capaz de ganhar dimensão científica. O papel da UBI na região e no País é também a fixação dos nossos graduados, a criação de empresas e dimensão de ideias”.
Esta passagem da investigação e das suas conclusões para o mercado tem vindo a ser feita através da criação de empresas ou de novas parcerias. Um trabalho que tem em seis spin-off o rosto mais visível. Empresas tecnológicas que vão da publicidade à informática, num vasto leque de áreas. Para apoiar esta dinâmica está a criação do UBImedical, “projeto que vai albergar um conjunto de empresas na área da saúde envoltas num ambiente empreendedor”.
O ICI já conseguiu cerca de 17 milhões de euros canalizados para projetos que têm ajudado a academia a nivelar os seus resultados com as resultantes instituições. Este financiamento externo tem vindo a garantir o funcionamento de alguns projetos inovadores na instituição e dar reforço as verbas da organização. Para o futuro o número de publicações devem conhecer um incremento, sublinha a vice-reitora responsável por esta pasta. O potencial da instituição é “bastante significativo”, daí que neste ramo, Ana Paula Duarte espere um resultado crescente nos próximos anos.