As desigualdades de género começam de pequeno, em casa, na escola, no seio da própria família, e prolongam-se até a idade adulta. Para debater estas questões e promover a igualdade de género, “O Projeto UBIgual – Plano de Igualde de Género da UBI”, acolheu na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, no passado dia 31 de maio, um debate sobre “Docência e Igualdade de Género”.
O seminário era destinado aos docentes da faculdade e tinha como objetivos promover a reflexão crítica sobre esta temática no contexto educacional e demonstrar resultados de estudos já efetuados na Universidade. A falta de adesão por parte dos docentes e alunos à iniciativa levou a restruturações no programa do seminário. A professora Catarina Sales Oliveira justificou a falta de participação dos alunos e docentes no evento devido ao encerramento do semestre, uma época de muito trabalho e frequências.
Teresa Pinto e Teresa Alvarez, da CIG – Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, referiram aspetos importantes desta problemática. As diferenças entre rapazes e raparigas começam muito cedo, mas o facto de elas se prolongarem até à idade adulta é um problema que deve ser debatido na escola.
Para Teresa Pinto, estas iniciativas são de grande importância porque ajudam os professores a agir face às dificuldades que tais problemas levantam. «É preciso sensibilizar os docentes de outras áreas para a educação sexual e os comportamentos de risco».
As mulheres são as que mais sofrem destas descriminações. A taxa de desemprego é mais significativa entre as mulheres do que entre homens, e são elas que recebem os salários mais baixos. «A sociedade portuguesa ainda é uma sociedade agarrada a estereótipos que é preciso largar» disse Teresa Pinto.
O Projeto UBIgual é promovido pela Universidade da Beira Interior, através do seu Centro de Estudos Sociais, e co-financiado pela União Europeia e Estado Português, no âmbito da Tipologia 7.2 do POPH do QREN, tendo como organismo intermédio a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género