Um conjunto de ideias que pretendem assumir-se como soluções à atual situação de crise dá forma ao programa do MF24 Covilhã. Este movimento jovem, dirigido por alunos da Universidade da Beira Interior vai decorrer durante dois dias na academia.
Gonçalo Marques, aluno de Economia e um dos organizadores, começa por explicar que “no contexto nacional, a ideia surgiu através do desafio lançado por um participante no programa “Prós e Contras”. No programa onde se debatia a “Tragédia do Desemprego”, uns reivindicavam o direito ao trabalho, outros preferiram salientar o direito à iniciativa”. Foi a partir deste paradigma que “quisemos ir mais além”. Manuel Forjaz lançou o desafio aos jovens para fazerem parte da solução “e não do problema. O desemprego jovem está junto dos 50 por cento, o desemprego geral está cerca dos 14 por cento e para fazer face a isto temos este tipo de iniciativa que poderá despoletar alguns ganhos para as pessoas”, acrescenta Marques.
Uma das principais marcas deste evento, em relação a atividades semelhantes, passa pela dinâmica do programa. Cristina Pinto, também da organização, explica que durante os dois dias de trabalho, as propostas e ideias apresentadas vão ser exploradas e desenvolvidas, tudo com o intuito de dar uma perspetiva e capacidade de concretização aos participantes. Ateliers práticos “que servem para acelerar ideias e processos relacionados com o empreendedorismo”. Para além de palestras muito específicas sobre empreendedorismo e temas afins”, avança também a organizadora. O público-alvo extenso, vai desde “a pessoa que tenha uma qualquer proposta de valor pessoal a um plano de negócios, a margem de manobra é extensa e está, com toda a certeza, incluída nas nossas iniciativas”. Para além disso, outra das originalidades do MF 24 Covilhã é também a forma de como se “paga” a participação. As inscrições, por motivos logísticos, são limitadas, mas todas elas são gratuitas. Os participantes têm depois algumas atividades de voluntariado que servem para custear a sua presença no evento. “Queremos com tudo isto dotar as pessoas de competências mais empreendedoras e por outro lado, dotá-las também de competências que permitam identificar aquilo que realmente valem”, aponta Cristina Pinto.