Reduzir ao máximo os gastos de energia e os níveis de poluição das habitações são as linhas gerais da Comissão Europeia. Metas que devem estar implementadas até 2020.
Foi nesse sentido que Francisco Carriço, antigo aluno do mestrado em Engenharia Eletromecânica da Universidade da Beira Interior, desenvolveu a sua investigação que apresentou agora no evento “Energy Night”. Baseado neste tipo de regras, o jovem investigador desenvolveu um conjunto de novas práticas que tornam uma casa capaz de reduzir ao mínimo ao consumo de energia e de rentabilizar ao máximo aquela que é gasta.
Depois de ter desenvolvido estas regras “a principal preocupação foi a de encontrar um imóvel onde fosse possível aplicar estas soluções”. Encontrado esse “laboratório” real, Francisco Carriço colocou no terreno o que tinha desenvolvido. O resultado final “foi efetivamente positivo e conseguiu-se desenvolver uma construção capaz de gastar um mínimo de energia e ser amigo do ambiente”.
Segundo o autor do estudo, “em Portugal o setor residencial conta com cerca de 3,3 milhões de edifícios, o que contribui com 17 por cento dos consumos de energia primária, representando cerca de 29 por cento dos consumos de eletricidade, o que evidencia a necessidade de uma atenção particular à eficiência energética dos edifícios”. Todas as conclusões foram apresentadas na “Zero energy home”, palestra que decorreu no Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações. Este faz parte de um conjunto de iniciativas que tem como objetivo apresentar soluções para a melhoria do desempenho energético dos edifícios, que para além da redução nos consumos engloba também as emissões de gases com efeito de estufa.
Este estudo mostra que “é possível construir um edifício com balanço de energia zero, recorrendo à tecnologia e materiais atuais. No entanto consegue-se também mostrar as fragilidades onde se deve investir mais conhecimento no sentido de ser possível projetar edifícios com performances semelhantes por métodos mais simples”, aponta também o autor da investigação.