Duas equipas da UBI vão estar presentes na final da Imagine Cup 2012, que decorre entre 6 e 10 de Julho, na Austrália. Na décima edição deste desafio, lançado pela Microsoft, a academia joga nas áreas de “software design”, com o projeto “Wi-Go” e com o “game design”, com o “Clean World”.
André Barbosa, João Dias, Pedro Pereira e David Casteleira são os autores do jogo que conseguiu ficar entre os dez primeiros, num conjunto de cem. Com a supervisão de Frutuoso Silva, docente no Departamento de Engenharia Informática, a equipa formada por três alunos de Engenharia Informática e um de Design Multimédia, desenvolveu um videojogo que tem como intuito, “ a limpeza do planeta”.
A área do “game design”, que segundo os alunos é uma das menos exploradas, levo-os já o ano passado a participarem neste concurso. Contudo, o projeto acabou por não passar par a fase final e este ano “depois de seis meses de duro trabalho conseguimos melhorar todo o conceito”. Voltaram ao desafio e foram selecionados para representar Portugal neste parâmetro. Ao longo de todos estes meses, a trabalhar nos laboratórios do Regain, a equipa de quatro alunos foi dando vida a este jogo interativo que aposta sobretudo no design e novos elementos “como uma história e a própria física do jogo”, explicam os autores da ideia. “Clean World” aponta para uma personagem que tem como missão principal, limpar o mundo. Imagine-se um planeta cada vez mais poluído e a necessidade imperiosa de limpar todos os espaços, está lançado o desafio para os jogadores desta produção.
Todo o conceito acabou por conquistar os jurados portugueses e carimbar o passaporte dos quatro alunos para a Austrália. “A participação neste tipo de projetos, algo na esfera exterior da própria universidade, é muito boa. Esta é uma forma de testar as nossas próprias competências e abraçar uma ideia nossa e desenvolvê-la até ao fim”, acrescentam os membros da equipa. Sem perderem esperança e sobretudo reconhecimento na capacidade do projeto que desenvolveram, mostram-se cientes de que a fase final do concurso “é bem mais complicada, com a competição a passar para um patamar muito superior, para tal vamos ajustar em alguns pontos ao nosso jogo e depois tudo irá passar pela forma de apresentação e ai sim, conseguir apelar à atenção do júri para a nossa ideia”. Algo que têm já como garantido, “é a presença nesta fase do evento, onde só os melhores estão”.
No futuro, a ideia de expandir os patamares do jogo e apostar na comercialização deste não está posta de parte. Em Portugal, “a indústria de videojogos é muito pequena e para além disso, este jogo tem ainda uma maior diversidade de aplicações do que os tradicionais produtos destas áreas. Daí que estamos a pensar dar esse passo no futuro e aproveitar todo um potencial mercado”.
Frutuoso Silva apoia a ideia com a mesma convicção que apoiou e dirigiu ao longo de todos estes meses o desenvolvimento do jogo. O docente da UBI lembra a tradição que tem vindo a ser conseguida pela academia, com anteriores participações no Imagine Cup, e sempre com bons resultados para garantir a qualidade de formação ministrada na UBI. O reconhecimento do trabalho dos alunos da instituição e a presença e conquista de finais destes eventos “mostra que hoje em dia a diferença está nos alunos e nas suas capacidades e que podem ser desenvolvidas em todo o lado, aqui, em Lisboa, ou em qualquer outra parte do mundo”, sublinha.