João Queiroz, reitor da Universidade da Beira Interior, foi um dos mentores e anfitrião do encontro magno entre os responsáveis das estruturas de saúde dos distritos da Guarda e Castelo Branco. O responsável máximo promoveu um encontro de trabalho, onde marcou presença, Frenando Leal da Costa, secretário de Estado da saúde, donde resultou a garantia objetiva da criação de um pólo de excelência na investigação biomédica e nos cuidados de saúde.
A Faculdade de Ciências da Saúde abriu as suas portas a responsáveis hospitalares e também profissionais da área, num encontro onde a temática central desenrolou-se em torno da criação do pólo de saúde da Beira Interior. A ideia está vertida no relatório do Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar, apresentado a 21 de novembro passado, mas desde então afigurava-se também a necessidade de promover o debate sobre uma temática tão sensível. João Queiroz abraçou o desafio e acolheu o encontro dos responsáveis. Para o reitor da academia, a instituição espelha um forte potencial nesta matéria e reúne em si um leque alargado de investigações, recursos humanos e incentivos ao aumento da qualidade dos serviços de saúde prestados na Beira Interior.
A estratégia conjunta das unidades de saúde irá agora passar pelo pólo de saúde da região. Quem o garante é Fernando Leal da Costa. O secretário de Estado que tutela esta pasta aceitou o convite de João Queiroz e veio à Universidade da Beira Interior frisar, uma vez mais que, “com a Faculdade de Ciências da Saúde a funcionar em pleno, como está há já vários anos aqui, faz todo o sentido criar aqui um pólo de saúde, em torno da Beira Interior, capaz de responder às necessidades das populações”. Este tipo de estrutura, baseado na academia, irá, segundo o governante, “assumir-se como um centro de excelência de investigação biomédica ao mais alto nível”.
Um dos primeiros passos na concretização de todo este projeto foi dado no final do encontro, com a assinatura de um protocolo de cooperação entre o Centro Hospitalar da Cova da Beira e a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco. A cooperação em várias áreas médicas e a promoção de investigações conjuntas fazem parte do documento que poderá ser alargado à Unidade Local de Saúde da Guarda. O secretário de Estado, sobre esta matéria, explica que “o Estado, mais do que estar no papel passivo de quem espera o entendimento, deve atuar e promover esse próprio entendimento. Há uma vontade política de forçar o entendimento e nós, através da ARS Centro, devemos impor a planificação destas instituições, no futuro. Leal da Costa não quer falar em encerramento de estruturas, apenas “na eliminação de algumas redundâncias nomeadamente nos serviços de internamento, criando uma grande sinergia entre os cuidados de saúde primários e hospitalares, e condições para que em torno de Castelo Branco, Covilhã e Guarda, centrada na UBI, nasça uma estrutura sólida”.