O Teatro das Beiras vai estar no quinto Festival das Companhias da Descentralização em Évora. Um evento que decorre de 5 a 9 de Junho e que reúne na cidade de Évora seis companhias de teatro: A Escola da Noite, de Coimbra; o Teatro das Beiras, da Covilhã; o Teatro da Serra do Montemuro; a ACTA - A Companhia de Teatro do Algarve, de Faro; a companhia de Teatro de Braga e a companhia anfitriã.
Esta iniciativa surgiu há cerca de oito anos quando as companhias envolvidas pensaram em criar uma plataforma que se traduz num espaço de trabalho onde desenvolvem regularmente as suas atividades em cidades de média dimensão e noutros locais do interior do País.
Estas estruturas teatrais, ainda que com projetos diferenciados, partilham um conjunto de problemas que decidiram equacionar em conjunto na perspectiva de melhor contribuir para a sua resolução. “Daí a criação desta plataforma que se traduz na reflexão e tomada de posição sobre diferentes aspectos da atividade teatral, na regular circulação dos espetáculos de cada companhia nos espaços dos parceiros, na edição de um jornal e na organização do Festival das Companhias que decorreu já em Faro, Braga, Montemuro e Coimbra”, sublinham os membros do Teatro das Beiras.
Esta edição, que é organizada pelo Centro Dramático de Évora (Cendrev), apresenta os seguintes espetáculos: “Jardim” de Alexej Schipenko; “Provavelmente uma Pessoa” de Abel Neves; “O Abajur Lilás” de Plínio Marcos; “De Ulisses… Nunca Digas Tolices – A Guerra de Tróia” de Alexandre Honrado; “Cavalo Manco não Trota” de Luis del Val; “Laço de Sangue” de Athol Fugard e “Louco na Serra” de Peter Cann e Steve Jonhstone. Para além da apresentação dos espetáculos, decorrerá também a realização de dois momentos de debate, um plenário das companhias “para refletir sobre os processos de trabalho e as condições que temos para os concretizar, que reúne todas as equipas envolvidas e uma mesa-redonda, aberta ao público, subordinada ao tema ‘O Teatro em tempo de crise’, para a qual foram convidados representantes de várias instituições locais, regionais e nacionais com responsabilidades no estabelecimento das políticas culturais e na sua incidência na vida das cidades e das regiões”, concluem.
A abertura do festival será também o momento para a distribuição da próxima edição do “Jornal das Companhias”. Este evento está integrado na rede CULTURBE, um projeto de programação em rede acolhido positivamente no âmbito do QREN através de um financiamento estabelecido pelas CCDR do Norte, Centro e Alentejo.