É uma das mais antigas atividades promovidas por estudantes. As Jornadas de Aeronáutica assumem-se como momentos de reflexão sobre este curso, ministrado na academia beirã e também no contacto com o mundo empresarial.
Na edição de 2012, os responsáveis pelo Núcleo de Alunos de Engenharia Aeronáutica, decidiram condensar os trabalhos em dois dias. Até porque, diz Daniel Teixeira, presidente do AeroUBI, explica que “há menos dias, mas uma maior dinâmica. Sabemos que é complicado ter umas jornadas com vários dias porque as pessoas têm exames e trabalhos e então acabámos por concentrar tudo apenas nestes dois dias”.
O balanço do evento que conta no seu programa de dois dias com palestras essencialmente realizadas por responsáveis de empresas é classificado pela organização de “muito positivo”. A presença de alunos regista-se em grande número, “bem como a importância e o conteúdo das intervenções”. Ao longo dos dias de trabalho “discutem-se várias ideias e estratégias, quer para a orgânica do curso, quer para as formas de integração dos engenheiros no mercado laboral”.
O presidente do AeroUBI lembra que “esta é uma iniciativa de alunos para alunos, algo que lhe confere um carácter muito importante. O contacto com as empresas tem sido fabuloso e é algo que pretendemos manter nas próximas edições. Foi muito positivo notar que o feedback das instituições exteriores à academia é excelente, basta que se fale no AeroUBI ou no nosso curso para os membros destas entidades se interessarem pelas nossas iniciativas e confirmarem a sua presença nas mesmas”.
Para além das várias empresas que têm acompanhado este projeto, “agora temos mais duas novas entidades que nunca tinham vindo à Covilhã, a Novabase e a KellyServices, que vai no sentido de orientar os alunos para esse mesmo mercado de trabalho”, reitera Daniel Teixeira. A relação com entidades empregadoras vem no sentido “de dar oportunidade aos alunos de tomarem contacto com as possíveis saídas profissionais”. Na ótica do presidente do AeroUBI, esta área continua ainda a ter bons compromissos no que diz respeito a empregos, até porque se trata de uma formação de âmbito alargado. “O nosso curso acaba por abrir uma vasta panóplia de saídas profissionais pelo que a situação laboral futura parece-nos não estar tão complicada. Somos engenheiros qualificados e diversificados que podemos trabalhar nas mais diversas áreas. Existe por isso uma grande abertura de empresas estrangeiras e portuguesas e querem-nos a nós, engenheiros aeronáuticos a trabalhar para eles”.
Para que a qualidade da formação e das investigações que se desenvolvem na instituição “continuem como até aqui é essencial que uma estrutura aeroportuária seja uma realidade”. Daniel Teixeira confessa que “o encerramento do aeródromo não foi visto com bons olhos por parte dos alunos e dos docentes”. Uma decisão que “veio acabar com um espaço físico necessário para a nossa boa formação e a prova está no projeto que aqui está a ser apresentado e que foi desenvolvido na UBI, com o primeiro voo a ter sido realizado no agora destruído aeródromo”. O futuro engenheiro acredita que “quer o curso, quer a UBI, quer toda a Covilhã vão reunir esforços para que a estrutura seja substituída o mais rapidamente possível”.