Existem cada vez mais investigações e avanços tecnológicos relevantes nas tecnologias e sistemas de informação e áreas afins. Avanços esses que têm, em grande parte, uma aplicação final no sector da saúde. Segundo os responsáveis do ministério que tutela este ramo, foi identificada uma panóplia de iniciativas académicas na área dos Sistemas de Informação da Saúde. Iniciativas essas que “carecem de um melhor mapeamento e posterior divulgação interna para dentro do SNS e do sistema de saúde de uma forma mais lata”.
É precisamente para colmatar essa lacuna e para aproximar os resultados de investigação e desenvolvimento do sistema científico e académico nacional que foi criado o Observatório Académico de Sistemas de Informação em Saúde (o OASis). Uma estrutura que tem como finalidade, entre outras, “identificar e agrupar a inovação criada no seio do sistema científico nacional e promover a partilha de conhecimento e cooperação científica e tecnológica com o Serviço Nacional de Saúde, fomentando a disseminação e utilização de soluções inovadoras na informatização clínica das unidades de saúde”.
O responsável escolhido para dirigir esta estrutura é um docente da Universidade da Beira Interior. Joel Rodrigues, professor do Departamento de Informática e responsável pelo grupo de investigação NetGNA (Next Generation Networks & Applications Group) do Departamento de Informática da UBI e da delegação do Instituto de Telecomunicações, na Covilhã, tem vindo a desenvolver um vasto conjunto de projetos científicos e estudos na área das tecnologias para a saúde. Razões que levaram à sua escolha para principal responsável por este organismo. Joel Rodrigues, presidente do OASIS, vai desempenhar este cargo até dezembro de 2013, renovável anualmente.
O observatório pretende também “identificar os grupos de investigação do sistema científico nacional, realizar ações de formação e esclarecimentos, cursos, workshops e campanhas de sensibilização, bem como, promover a realização de eventos científicos e tecnológicos, promovendo a discussão, partilha e promoção da constituição de uma plataforma de dados de saúde”. Segundo os responsáveis do ministério da tutela, este observatório promove a cooperação e intercâmbio entre investigadores, fomentando redes de universidades, institutos politécnicos e unidades de saúde colocando a inovação científica e tecnológica ao serviço da melhoria da qualidade da prestação dos serviços de saúde, melhoria do desempenho da atividade do profissional de saúde e benefícios para o utente.