Está de regresso o Festival Y. Na sua décima edição, a Quarta Parede espera “promover a arte contemporânea na Beira Interior”. Nos dez anos do festival a edição de 2012 regressa a três cidades. Castelo Branco, Covilhã e Guarda são os palcos dos vários espetáculos agendados entre 10 e 29 de maio.
Para Rui Sena, diretor artístico da Quarta Parede, entidade que promove este festival, os últimos dez anos “marcaram profundamente a vivência da instituição e fizeram acreditar que a arte não é um objeto descartável ou menor, como muitos hoje querem fazer crer”. Segundo os promotores do evento cultural, este serve como forma de mostrar “e insistir que o interior tem a capacidade de ser referencial, a teimar que viver aqui é uma opção e não uma desistência, a divulgar a região tanto a nível nacional como internacional e a acreditar que ajudamos a transformar o mapa cultural do País”.
Para Castelo Branco, estão agendados dois espetáculos, ambos a decorrer no Cine-Teatro Avenida, pelas 21.30 horas. No dia 10 de maio, Mariana Tengner Barros, apresenta “The Trap”, um espetáculo de dança/performance. Já no dia 23 é a vez da Companhia Daniel Abreu apresentar “Dança Perro”.
Na Covilhã, os espetáculos decorrem no auditório do Teatro das Beiras. O primeiro evento terá lugar dia 19, com a performance audiovisual, “diat0m”, de Rui Monteiro. Segue-se Sérgio Pelágio, nos dias 21 e 22, com o concerto-atelier “Histórias magnéticas – enquanto o meu cabelo crescia”. Espetáculos que têm lugar às 10 e às 14 horas. No dia 24 Horman Poster apresenta “Pasado perfecto”, um teatro performance que decorre a partir das 21.30 horas. Já no dia 26 é a vez da Companhia Paulo Ribeiro apresentar um espetáculo de dança intitulado “Sábado 2”. O evento está agendado para as 21.30 horas. O último evento deste festival, na Covilhã é uma performance de dança dos Matxalen Bilbao, “Sast!”, que decorre pelas 21.30 horas.
Para a Guarda está agendado um espetáculo musical dos “AbztraQt Sir Q”. Este evento musical irá decorrer no café concerto do teatro municipal, dia 25, pelas 22 horas.
Rui Sena mostra-se confiante nesta décima edição do festival e diz que “o conhecimento transforma positivamente as regiões, os países e o mundo, por isso continuaremos a dar o melhor do nosso esforço para nos ultrapassarmos em cada ano que passa”. Em termos de balanço, o responsável pela quarta parede lembra que já marcaram presença nas edições do festival, mais de uma centena os criadores “que partilharam este tempo, foram, apesar das dificuldades, muitas as instituições que nos deram o seu apoio, foram milhares os espetadores que nos acompanharam nesta viagem, e é neste conjunto imprescindível de pessoas que nos revemos, que nos sentimos orgulhosos e motivados para o nosso trabalho futuro. Por isso, apesar de todas as adversidades, não desistiremos”, garante.