A motivação funciona como a principal fonte de receita para qualquer actividade que almeje o sucesso e que no final seja congratulada pelo êxito. Numa empresa, a motivação ou a falta dela, por parte dos seus trabalhadores e colaboradores, reflectir-se-á como uma das armas primárias para ver os objectivos propostos alcançados. A partir desta premissa, Raquel Sampaio e João Abreu, na tarde de 28 Abril, no Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior, deram luzes ao seu projecto da Academia de Emoções, que veio demonstrar aos cerca de 31 participantes uma das várias acções de formação artística que a academia desenvolve e aqui destacada, a coreografia empresarial.
Um dos objectivos principais desta iniciativa foi demonstrar a necessidade que existe nas empresas de aproximar os trabalhadores. Através da coreografia, “consegue-se ultrapassar os entraves que possam ser encontrados dentro da própria empresa, ou ao nível da relação interpessoal dos empregados”. Com a ajuda de técnicas lúdicas e de uma comunicação específica de áreas artísticas como o teatro e da dança, “encontramos maneira de autopromoção de humor e ensaios criativos. Desta forma, os índices de motivação e anímicos são elevados de maneira gradual, conseguindo criar novas impressões”.
Este é um dos trunfos do exercício praticado nos workshops da Academia das Emoções, com a duração de quatro horas, “pois não basta apenas ser-se bom naquilo que se faz” numa empresa em que “pessoas que trabalham no mesmo sítio há 20 anos continuam distantes dos seus colegas”, refere Raquel Sampaio.
Uma das formas de emendar esta lacuna, acredita a criadora deste conceito, é optimizando o team building, que vai permitir uma ligação a nível pessoal entre os participantes, desfazendo as barreiras que possam existir entre os vários cargos na hierarquia da empresa. “É preciso acabar com as posições dentro da empresa; todas as pessoas fazem um trabalho importante, caso contrário, não eram contratadas”.
Durante o workshop, que teve a duração aproximada de duas horas e meia, foram executados exercícios semelhantes aos praticados pela Academia de Emoções nas empresas. Foram feitos jogos para “descontrair” e pôr “à vontade” os participantes, e no final da sessão ainda houve oportunidade para criar ou recriar os passos da coreografia da dança do famoso clip de Michael Jackson, “Thriller”.  
Leonel Silva, agente da PSP e um dos participantes do evento esclareceu que esta sessão o deixou “liberto”, precisamente um dos objectivos desta iniciativa e que “demonstra que se trata de um projeto com viabilidade forte”. A organização do Workshop pertenceu à Comissão de Curso do 2º Ciclo em Empreendedorismo e Criação de Empresas da Universidade da Beira Interior e à Academia das Emoções.