Cândida Fernanda Ribeiro e Armando Malheiro da Silva, ambos docentes na Universidade do Porto (UP), foram os oradores da conferência realizada no passado dia 19 de abril, no auditório do Museu dos Lanifícios, na Covilhã. Armando Malheiro da Silva expôs a “transição do paradigma” nas ciências documentais, abordando autores como Thomas Kuhn, José Maria Izquierdo Arroyo, e Rafael Capurro. No final o docente expôs o modelo que criou juntamente com Fernanda Ribeiro. Defendendo que este é “tecnicista, pós custodial, científico e informacional”.
“O paradigma tem implicações na própria postura de profissionais, porque eles têm de passar a perceber em que paradigma se situam, que formação estão a receber e em que princípio está baseada, em que conceção geral, com que teorias, com que métodos, com que objectivos, e em que escola estão a ser formados”, refere o docente, relativamente à importância que o paradigma tem num profissional de Ciências Documentais.
Cândida Fernanda Ribeiro apresenta três campos cruciais na pesquisa das Ciências da Informação. Organização e representação da informação, que inclui a parte técnica e de organização. Comportamento informacional, onde se procura estudar o uso da informação. Produção da informação e dos contextos, onde se tenta perceber quem gera a informação. Reina Pereira, diretora do curso de Ciências Documentais da UBI, mostrou-se satisfeita com a adesão à conferência, e salienta a importância da presença dos dois convidados na universidade. “São pessoas de grande categoria profissional e foi muito importante que tivessem aceitado o convite para divulgar uma área que está a precisar de profissionais competentes”, refere.
As obras A Informação, Paradigmas, Serviços e Mediação em Ciências da Informação; Das “Ciências” Documentais à Ciência da Informação: ensaio epistemológico para um novo modelo curricular, e alguns artigos publicados na revista Prisma.com, são alguns dos trabalhos que Armando e Cândida Fernanda salientam como úteis aos formandos do curso.