Entre 23 e 27 de Abril, a academia recebe a quinta edição do “Hospital Faz de Conta”. Um evento que tem vindo a conquistar reconhecimento nas escolas do primeiro ciclo da região pela sua vertente pedagógica.
Dirigido a crianças com idades compreendidas entre os cinco e os sete anos de idade, que frequentem infantários e escolas do 1º ciclo da região, esta é uma iniciativa que pretende desmistificar algumas imagens menos positivas que os mais novos possam ter dos serviços hospitalares. As atividades iniciam-se na segunda-feira, dia 23 de Abril e terminarão na tarde de 27 de Abril, sexta-feira, que está reservada para os jovens da Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) da Covilhã.
O “Hospital Faz de Conta” é um “hospital em que as crianças são os ‘pais’ que levam os seus ‘filhos’, os bonecos, ao hospital”, explicam os responsáveis pelo Núcleo de Estudantes de Medicina (MedUBI). Neste “jogo de faz de conta” as crianças serão recebidas por estudantes dos cursos de Medicina, Ciências Farmacêuticas, Optometria, Psicologia e Ciências Biomédicas, que desempenharão o papel de profissionais da área da saúde “no intuito de investigar a doença do boneco”. Para tal, crianças passarão por um circuito pré-determinado que inclui diferentes “áreas hospitalares”, nomeadamente o consultório médico, sala de tratamentos, sala de imagiologia, bloco operatório, internamento, bem como áreas não hospitalares como a farmácia.
Tudo formas de conseguir chegar ao principal objetivo do evento que é “ajudar as crianças, num período de não doença, a perder os seus medos do ambiente hospitalar, entre os quais, o medo da “bata branca”, dos instrumentos e das técnicas médicas, de uma forma didática e dinâmica. É assim importante não só na formação das crianças, como também na formação dos estudantes de medicina”, reiteram os membros da organização desta jornada. Em anos anteriores realizaram-se outras edições do “Hospital Faz de Conta” que foram um grande sucesso, “sendo extremamente enriquecedor tanto para crianças como para todos os colaboradores e participantes neste projeto”, atestam os mesmos. A edição deste ano conta com algumas novidades que passam por uma Sala de Imagiologia com uma componente de investigação, “para dar a conhecer aos mais novos como se chegam às grandes conclusões da saúde”.
A ideia original deste projeto nasce com a European Medical Students Association (EMSA), que representa mais de 200 associações de estudantes de escolas de medicina por toda a Europa e desenvolve vários projetos originais, entre os quais o “Teddy Bear Hospital”. Em Portugal, diversas associações e núcleos de estudantes de medicina têm vindo a implementar este projeto na sua comunidade, por conseguinte, “o MedUBI não poderia deixar de responder ao desafio de desenvolver uma atividade semelhante dirigida às crianças do interior do País”.