Depois de 36 anos de vida, a Desportiva da Estação tem casa própria. O novo complexo está já capaz de acolher a estrutura organizativa do clube e as atividades desportivas dos seus atletas. Um conjunto de intervenções, orçadas em milhão e meio de euros, foram realizadas naquele espaço localizado junto à Adega da Covilhã e ao quartel da GNR.
O piso de relva sintética foi o que despertou mais atenções no passado sábado, 31 de março, data em que se assinalou o aniversário com um jantar comemorativo nas novas instalações. A intervenção permite agora que esta estrutura disponha de dois campos de futebol para os jogos e treinos da ADE. No que diz respeito ao recinto desportivo, destaque também para o arranjo dos balneários, bancadas e zonas de cabine. Todo o espaço está agora terminado depois de várias paragens na sua construção. Para além desta zona, o complexo conta ainda com um conjunto de infraestruturas de apoio às diversas ações da coletividade. È precisamente nestes espaços que irá funcionar a sede social do clube. Dentro em breve, a ADE deverá mudar-se para o novo complexo, passando o edifício junto à estação de caminhos-de-ferro, para a autarquia serrana.
Salas de reuniões, secretarias, zonas comuns e também espaços onde vão ser instalados ginásios e outras estruturas abertas à população são algumas das propostas dos responsáveis do clube para aquele novo local. Contudo, revela-se necessário realizar um conjunto de intervenções para que toda a obra fique concluída. A fatura para tal ascende a um milhão de euros.
Em noite de aniversário, os responsáveis pela coletividade sublinharam que os apoios têm de vir das instituições públicas, nomeadamente do Estado Central. Luís Fiadeiro, presidente da assembleia geral da ADE referiu que “o clube sempre teve o sonho de um espaço assim. Não foi fácil mas a obra coloca provas de que somos capazes”. Daí que o trabalho continue e “esperamos sempre mais e queremos sempre mais apoio. Somos um clube com projeto e necessitamos de apoio. É injusto que o Estado Central não tenha dado qualquer ajuda à ADE, até porque somos o clube com maior número de atletas inscritos na região”.
Vítor Rebordão, presidente da coletividade, lembra que a Desportiva da Estação é “rica em gente boa”, mas parca em recursos financeiros. O trabalho desenvolvido no desporto regional, com as camadas mais jovens, “tem sido apoiado essencialmente pela autarquia”. Daí que a ADE “trabalhe gratuitamente para o Estado ao promover o desporto e a cultura”. O responsável máximo pelo clube lembra a necessidade de terminar o complexo desportivo, algo que só será conseguido “com a ajuda das entidades oficiais”. Também só assim será possível “fazer da ADE o maior clube da cidade”.
Já o autarca local, que considera a Covilhã “capital portuguesa do associativismo”, lembrou o apoio médio mensal de 12500 euros a esta coletividade. “A obra que agora aqui está representa parte desse investimento”. Carlos Pinto partilha da aspiração de terminar as obras, objetivo que se torna mais difícil “num período de crise, mas num período em que não se deve dizer que os recursos não existem, eles estão é mal distribuídos”. O social-democrata diz que ainda faltam 400 dias para o final deste mandato e durante esse período devem existir formas de apoio à coletividade.