Todos os membros integrantes do Conselho Geral da Universidade da Beira Interior votaram favoravelmente o Plano Estratégico 2020. Este consenso em torno de um dos documentos mais importantes da academia mostra a coesão em torno da equipa reitoral e do trabalho desenvolvido na criação de um instrumento orientador para os próximos anos.
João Queiroz, reitor da instituição de ensino superior e principal promotor do Plano 2020 começa por lembrar que este é um documento elaborado pelo universo académico, com ideias, sugestões e opiniões das diferentes áreas. Por isso mesmo, e após a aprovação unanime pelo Conselho Geral "devolvo o Plano 2020 a todos aqueles que contribuíram para a sua concretização, para que o tornem seu”. “A responsabilidade de planear e assegurar o seu futuro, que é também o futuro de todos os que dela dependem” esteve presente na construção aberta a toda a comunidade deste plano, continua Queiroz.
Definido e aprovado este documento vital para o crescimento e gestão da academia, é agora tempo de ouvir, uma vez mais toda a comunidade ubiana, acrescentar as últimas ideias e implementar as linhas mestras deste diploma. Dois anos de trabalho que serviram para fazer um balanço de toda a história da instituição de ensino superior, analisar os seus pontos fortes e fracos e pensar a melhor forma de crescimento e continuidade de afirmação, mas também de utilização dos recursos humanos e materiais.
O Plano 2020 está assim baseado em quatro eixos estratégicos que passam pela ciência e educação, internacionalização, forte relação com a sociedade e aposta na qualidade. Um empreendimento aglutinador que vai ser implementado ao longo dos próximos anos. Em tempos de forte mudança o documento tece alguns objetivos para os próximos anos. Durante a discussão do mesmo, na reunião de trabalho do Conselho Geral foram apresentadas algumas ideias para acrescentar ao documento, essencialmente com o intuito de aferir a aplicação das propostas do plano e linhas de atuação. A necessidade de criar este tipo de ferramenta surge num contexto social em mudança e “as universidades são, como todas as organizações, profundamente afetadas pelas mudanças sociais, económicas e culturais que ocorrem cada vez com mais rapidez e cada vez com maior alcance. Este plano apresenta-se como um instrumento estratégico, obviamente, mas gostaria que fosse mais do que isso. Sendo o resultado de vários momentos de reflexão e participação, de contribuições de todos os sectores da comunidade académica e dos seus stakeholders externos, tem todas as condições para ser um elemento determinante na cultura organizacional da UBI, com a permanência que os valores fundamentais necessitam, mas também com a flexibilidade que as especificidades de cada faculdade exigem” sublinha João Queiroz.
Carlos Salema, presidente do Conselho Geral refere as muitas discussões em grupos de trabalho dentro da universidade, e o facto de “terem sido incorporadas muitas sugestões votando praticamente a versão final do documento”. Depois disto foi elaborado e votado um parecer, pelos membros externos, e “este plano foi aprovado por unanimidade por todos os membros do Conselho Geral. Foi uma posição mais que formal, foi consensual e todos falam da importância deste documento para a universidade”.
Para este responsável, o plano estratégico apresenta-se “como uma interessante ferramenta que diz o caminho para onde a universidade quer ir”. Ou seja, uma série de linhas de ação onde são definidos os objetivos e o que a universidade quer ser e “depois são feitas linhas de ação para aferir como a universidade vai ser o que quer ser”.
O conselho deu algumas sugestões, nomeadamente na inclusão de algumas métricas” para se saber o quanto se andou no caminho onde se quer chegar. Mas eu acho que isto não é um plano operacional, os planos operacionais fazem-se em cima deste. Esta é a matriz geral do que se quer fazer, é esse o objetivo do plano estratégico”, esclarece o presidente do Conselho Geral.