O passivo apresentado por Isaura Reis, presidente da direção da Beira Serra, tornou públicas as contas da instituição. Em assembleia geral, os membros desta associação ficaram a conhecer o montante em dívida, que se situa nos sete mil euros:
As verbas por liquidar não apontam para um valor muito elevado, contudo a responsável mostra-se reticente com o futuro de alguns projetos. Nomeadamente por falta de apoio das entidades comunitárias. Segundo Isaura Reis, em declarações à Rádio Cova da Beira, o encarara da dívida é feito “com grande preocupação”.
Para a presidente da assembleia daquele organismo, de futuro deverá existir “mais justiça e equidade territorial no sentido das pequenas associações, que fazem a diferença, que estão no terreno, junto das populações, terem oportunidades de se financiarem e seguirem o seu caminho, porque elas são imprescindíveis no tecido económico”. Para que tal cenário se concretize, “o acesso a fundos comunitários tem de ser facilitado”. A título de exemplo. A responsável por aquele organismo lembra que “há mais de um ano que as candidaturas ao Programa Operacional e Potencial Humano (POPH) estão vedadas às associações de desenvolvimento local, e todas as candidaturas que são abertas destinam-se a organismos da administração central”. Nesse sentido, “os programas comunitários e os programas nacionais ligados ao desenvolvimento estão a ser absorvidos pela administração central, deixando sem espaço o associativismo local”, concretiza a mesma.
Um cenário nada animador, a que se junta o facto da Beira Serra ter registado atrasos significativos no pagamento de projetos que estão em curso “e que correspondem a reembolsos de despesas que já realizámos”, adianta Isaura Reis. Apesar de tudo isto, para este ano existem diversos projetos a serem desenhados e implementados no terreno, estando para breve esperadas novidades sobre uma candidatura apresentada à ADERES, para a dinamização de um território que envolve 18 freguesias, nos concelhos da Covilhã, Fundão e Castelo Branco.