“Nós vamos falar de sonhos”, foi a frase que Paulo Costa, organizador do evento proferiu na sessão de abertura, no dia 21 de março. O auditório estava cheio para ouvir as três palestras agendadas para a tarde.
Este primeiro dia foi dedicado ao storytelling e ao personal branding. Sandra Carvalho, jornalista brasileira a residir atualmente em Portugal abriu o painel dizendo que “queria ser jornalista para contar histórias”. Apresentou na tarde de quarta-feira “A História faz a Marca”, mostrando-nos onde e quando surgiu o storytelling. Percebemos que a arte de contar histórias é antiga “mas agora começa a renascer principalmente nas empresas pela importância que tem para chamar a atenção dos consumidores”, conta Sandra.
O segundo painel da tarde foi aberto pelo escritor João Aragão e Pina com “Power-You: Apresentações que falam por si”. Na sua palestra, Aragão e Pina pretendia mostrar como fazer uma boa apresentação e como cativar o público durante a mesma, juntando-lhe o seu bom humor, capaz de arrancar gargalhadas à plateia.
Deixou a sugestão para as próximas apresentações: “Da próxima vez que fizerem uma apresentação, façam uma (apresentação) UBI”. Sendo que UBI significa: Única, Bela e Impactante. Reforçou a ideia de entendimento entre o apresentador e o público aquando da sua apresentação. No final, deixou a questão: “Quem é que vocês vão contagiar a seguir?”.
Para fechar a tarde, os organizadores do festival Woolfest expuseram - “Tatuagens em Pedra: Arte Urbana ao serviço da Comunidade”. Durante a sua exposição, Elisabet Carceller e Pedro Rodrigues, organizadores do festival explicaram como surgiu este projeto. O gosto pelo graffiti e arte urbana são dois fatores, mas o facto de se poder descentralizar a arte urbana das grandes cidades e trazê-la para Beira Interior foi outra, bem como “o aproveitamento que se podia fazer às paredes da Covilhã”.
“O festival de arte urbana da Covilhã nasceu da vontade que nós tínhamos de criar aqui um festival que estivesse relacionado com a street art. Desde sempre gostamos de graffiti e de street art, e juntando isso com as possibilidades que a cidade tem e a possibilidade de candidatura pelos apoios pontuais da Direção Geral da Artes, acabamos por formar este puzzle que foi o Festival de Arte Urbana da Covilhã”, explica Pedro Rodrigues.
A primeira edição teve início em setembro de 2011 e acaba em março de 2012. “A segunda edição ainda não sabemos quando vai ser, mas estamos a trabalhar nisso”, conta Elisabet Carceller. Pedro e Elisabet mostram-se satisfeitos com a recetividade que têm do público. “As pessoas acompanharam sempre os vários eventos que fomos desenvolvendo”, acrescentam. Depois dos trabalhos de Arm Collective, Vhils e BTOY, Inside Out é o próximo projeto.
Inside Out será uma colagem de fotografias de antigos trabalhadores da indústria de lanifícios, na parede de uma das fábricas. “Esta colagem é aberta à participação de toda a comunidade, porque um dos objetivos do Inside Out é implicar a comunidade”, alerta Elisabet.
O segundo dia de conferências foi dedicado à criatividade. O primeiro painel foi aberto por André Novais com “Sparks and Hard Work: Leading Artists”. Associou a criatividade à culinária, para mostrar que a criatividade está presente em tudo no quotidiano. “Todas as pessoas são extremamente criativas, mas cada uma na sua área”, foi a mensagem que André Novais pretendeu deixar ao público.
Frederico Roberto, diretor criativo da Torke, primeira agência de marketing guerrilha em Portugal, trouxe humor à tarde de quinta-feira. Explicou que o marketing guerrilha tinha como objetivo ter muito impacto com poucos recursos. Falou de algumas das ações que a Torke desenvolveu em Portugal, destacando nos canais FOX ou em festivais de verão, e primando pela criatividade. “Todos somos criativos. A criatividade é o que fazemos para resolver um problema”, relata Frederico.
Miguel Velhinho terminou o ciclo com “Crowdsourcing: A MeritoCracia do Talento”. No decorrer do seu discurso, Miguel fez alusão às iniciativas do Ideahunting, empresa que representa e falou “da importância do talento”. Realçou que todos têm talento, uma vez que este “não tem idade, cidade ou profissão”.
No final, Paulo Costa organizador do PUSH quis mostrar com o evento que “tudo é possível, só é necessário acreditar”. “Enchemos pela primeira vez, em muito tempo, a Cinubiteca”, conta Paulo agradado com a adesão do público ao evento. Para terminar, Paulo Costa deixou uma dica para todos: “Sonhem em grande”.