Numa altura em que a União Europeia discute os problemas financeiros e sociais que atingem alguns dos seus membros, José Luís Carneiro, representante do Comité das Regiões da UE foi o convidado pela direcção do 2º Ciclo em Relações Internacionais para apresentar a agenda internacional e europeia que tem sido discutida para a Europa.
José Luís Carneiro, também presidente da Câmara Municipal de Baião, apresentou esta agenda que está dividida em três partes: os grandes desafios da Europa, desde 2000; a estratégia da Europa até 2020, e os Fundos de Coesão 2014/2020. A economia, que está fragilizada foi o ponto mais relevante a ser tratado, com o orador a garantir que “o grande objectivo até 2020 é o aumento da produtividade”.
“Economia inteligente, eficiente e coesa” são as palavras de ordem para alcançar os objectivos pretendidos. “Um país que não aposte na educação, não tem sucesso”, explica José Luís Carneiro, acrescentando que a investigação e o conhecimento são fundamentais para inovar e apostar em empresas que possam competir no mercado internacional.
A aposta na sustentabilidade e na utilização de energias renováveis podem garantir parte da eficiência pretendida pelo Comité, para que se diminua a dependência energética do exterior e se diminua o uso de combustíveis fósseis, proporcionando em simultâneo uma redução das emissões de gases. Para culminar, “a ideia de coesão está relacionada com a integração social, económica e territorial, que será empregue através de incentivos, como o do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER)”.
Ainda antes das questões apresentadas pelo público, José Luís Carneiro apresentou algumas das novas regras que serão impostas aos países, e que fazem parte da Estratégia 2014-2020. Inserida no âmbito da disciplina «União Europeia no Mundo Global», a directora do 2º Ciclo de Relações Internacionais da UBI, Teresa Cierco, deu especial importância à presença de José Luís Carneiro, a qual permitirá, diz, «que os alunos tenham uma ligação privilegiada com alguém que está directamente ligado a instituições europeias». “Tem todo o interesse para os alunos terem acesso não só à teoria, como acontece diariamente nas aulas, mas também terem a possibilidade de contactar com este tipo de pessoas, que está no terreno e que tem informação actualizada sobre estas questões”, explica Teresa Cierco.
Andreia Silva, aluna de mestrado de Relações Internacionais da UBI achou relevante esta palestra para quem termina uma licenciatura. “Tendo em conta que vivemos uma crise em Portugal, é sempre bom para quem termina a licenciatura na área saber que Portugal está envolvido nestas instituições e que está à procura de soluções para a crise”, argumenta a aluna da UBI.