Nos passados dias 8 e 9 realizou-se no auditório do Museu de Lanifícios, um colóquio Internacional a obra do filósofo holandês de ascendência judaica, intitulado “Espinosa: o Tratado Teológico Político Revisitado”. A organização ficou a cargo dos professores ubianos António Bento e José Rosa. O evento contou com a presença de alguns dos mais reputados especialistas, nacionais e estrangeiros, sobre o pensamento de Baruch Espinosa.
O objetivo principal destas conferências, segundo António Bento, organizador do colóquio, era refletir sobre os problemas eternos que o tratado teológico-político levanta, nomeadamente a separação entre o Estado e a Igreja, que teve com Espinosa o primeiro grande momento filosófico. Outro foco do debate passou por relembrar a defesa da liberdade de pensamento, de escrita, e da liberdade de expressão feitas pelo filósofo.
Espinosa foi um dos grandes racionalistas do século XVII, e «foi para muitos aquele  que iniciou a “modernidade”, da pública expressão dos seus cidadãos, não só na democracia mas também na aristocracia e na monarquia». Vários foram os temas de debate, com oradores provenientes de universidades de Espanha, França e EUA. No final do evento os organizadores e o Instituto de Filosofia Prática da UBI mostraram-se satisfeitos com a iniciativa, fazendo um balanço bastante positivo acerca da mesma.