A Universidade da Beira Interior abriu as suas portas à população pela décima quinta vez, e recebeu entre os dias 7 e 8 de Março estudantes do ensino Básico e Secundário, e elementos da comunidade em geral. Segundo a organização, a iniciativa destina-se “a divulgar as capacidades e potencialidades da instituição em termos científicos, técnicos e culturais, e constitui uma oportunidade para dar a conhecer o ambiente universitário, através de visitas guiadas.”
“Os dias da UBI” servem também para fortalecer o elo de ligação entre a universidade e o ramo empresarial. “Este evento constitui uma oportunidade para que os empresários conheçam o potencial de investigação de que dispõe a UBI e que lhes poderá ser extraordinariamente útil quer ao nível das actividades de inovação, quer no que respeita ao eventual recrutamento de licenciados para o mercado de trabalho”.
Este ano a iniciativa abrangeu apenas dois dias, mas os departamentos pretenderam focar-se mais nas actividades oferecidas. Tiago Sequeira, Pró-Reitor e responsável pelo evento referiu que “pela primeira vez tivemos um dia inteiramente dedicado a estudantes do Ensino Secundário, que dentro de algum tempo poderão ser nossos alunos, mostrando-lhes experiências laboratoriais, aulas abertas, simulações e situações já próximas do que poderão encontrar na universidade.”
Para os alunos do secundário é importante esta iniciativa porque se trata «do primeiro contacto com o ensino superior» e de uma forma de «ficarem a conhecer uma universidade, que pode ser uma hipótese a considerar na altura das candidaturas». Ana Pinto, estudante do 12º ano da Escola Secundária Amato Lusitano, de Castelo Branco, gostou de conhecer a UBI e esta visita ajudou-a a ter certezas quanto ao seu futuro. “Quero entrar na UBI e o meu sonho é tirar a licenciatura em Cinema.”
Também as crianças do Primeiro Ciclo tiveram a oportunidades de visitar a universidade. Dizem os mais novos, alunos da escola São Silvestre, que “gostámos muito de ver coisas novas e da experiência de estar num estúdio de televisão”. Sara Campos, tal como Igor Rocha, apesar da tenra idade, oito e dez anos respectivamente, já sabem em que se querem formar. Ela quer ser médica, e ele jornalista. Igor disse ter gostado do estúdio de rádio e de televisão. “Quero aparecer na televisão e entrevistar os políticos e as pessoas importantes”.
Quanto aos professores, aplaudem a iniciativa da universidade, que dá a oportunidade de conhecer de perto o seu trabalho e o modo como os futuros profissionais se formam. José Pinto, professor da escola São Silvestre, pensa que “é importante os mais pequenos começarem desde cedo a ter contacto com a vida académica, porque lhes pode aguçar o interesse desde já.”
Ao longo dos dois dias estiveram presentes 18 escolas, maioritariamente dos distritos de Castelo Branco e Guarda, mas também escolas dos distritos de Viseu, Portalegre, Setúbal, e um centro de formação profissional. Durante a manhã de dia 8, os visitantes e estudantes ubianos puderam apreciar o espectáculo proporcionado pela Desertuna, Tuna Académica da Universidade da Beira Interior, que actuou no bar da Faculdade de Artes e Letras para cerca de uma centena de pessoas.