Um conjunto de 23 projetos mereceu destaque na passada semana, na sessão de encerramento de mais um curso de consultoria avançada promovido por três universidades portuguesas, com o apoio de entidades empresariais.
Estas ideias de negócio desenvolvidas ao longo de vários meses, na Universidade da Beira Interior, Universidade de Coimbra e Universidade de Aveiro são provas da dinâmica existente nas instituições de ensino superior. Este ano, a Covilhã recebeu a apresentação final destas ideias. João Queiroz, reitor da instituição covilhanense sublinha que “a existência deste tipo de projeto é sempre uma mais valia. Para além disso, a interligação entre instituições permite-nos ter maior dimensão crítica e também fazer um evento bastante melhor”. Neste âmbito, o responsável máximo pela instituição covilhanense aponta também o apoio prestado pelas academias aos novos projetos.
Queiroz lembra que a instituição covilhanense tem vindo a apostar de forma significativa nas ideias e nos planos de negócio apresentados por alunos. Nas salas da instituição ganham já vida empresas de novas tecnologias relacionadas com a engenharia, a informática ou as telecomunicações, entre outras áreas. Esta aposta no empreendedorismo surge numa época em que o emprego é um dos temas mais em voga junto dos universitários. “A UBI está muito empenhada em fazer com que os seus graduados, dos vários ciclos de ensino, se fixem na região, com projetos próprios de forma a inverter a tendência que está imposta com as pessoas a irem para o litoral. Esse é o papel que a universidade também tem de desempenhar na cidade e na região”, acrescenta o reitor. Queiroz aponta para o facto dos estudantes saírem da instituição com capacidades e os instrumentos suficientes para apostarem no seu potencial e transformá-lo em projetos próprios. Como apoio à implementação dessas novas ideias a universidade tem desenvolvido espaços próprios dedicados às novas empresas.
Na apresentação dos novos modelos de negócio esteve também João Gabriel Silva, reitor da Universidade de Coimbra. Aquele responsável diz ter gostado do que viu e o resultado de 18 semanas de curso está patente nestas iniciativas. “São estes empreendedores que nos servem de prova quando defendemos o facto de termos de ser nós a pegar no nosso destino, nas nossas mãos e uma das maneiras mais eficazes de o fazer é, em vez de estarmos à espera de alguém que venha fazer as coisas por nós, lançarmos as nossas próprias iniciativas”. O reitor da universidade coimbrã garante que “nunca aconselharia nenhum jovem qualificado português a emigrar, mas sim, a lançar a sua própria iniciativa empresarial. Todas as universidades estão profundamente empenhadas e capazes em dar uma efetiva ajuda nessa iniciativa empresarial. Isso sim é uma forma de desenvolver o País. As universidades portuguesas são as principais esperanças do País e as academias têm essa missão e capacidade”, remata.
Esta iniciativa, para além das três academias lusas, contou ainda com o apoio do Conselho Empresarial do Centro/Câmara de Comércio e Indústria e também, pela primeira vez, com a presença da Universidade de León, Universidade de Salamanca, Universidade de Valladolid e Universidade Pontifícia de Salamanca.