“Representações da Portugalidade” é o título da obra organizada por José Ricardo Carvalheiro, André Barata e António dos Santos Pereira. Este livro surge após as jornadas multidisciplinares que se realizaram na academia aquando do décimo aniversário da Faculdade de Artes e Letras.
De entre as temáticas apresentadas ao longo dos trabalhos, os autores reuniram alguns textos e apresentam agora uma compilação dos principais resultados. A apresentação desta obra decorreu no Museu de Lanifícios da UBI e contou com a presença de João Queiroz, reitor da instituição e Paulo Serra, presidente da faculdade. Este responsável aproveitou para lembrar que “esta foi uma iniciativa conjunta dos Departamentos de Comunicação e de Letras e que se traduz no resultado das jornadas que assinalaram o décimo aniversário da criação da faculdade”. Uma publicação que ganha maior destaque pela atualidade do seu conteúdo, “um tema cada vez mais em voga num momento em que temos de saber qual é o papel de Portugal e da portugalidade no mundo”.
O diretor do Jornal do Fundão foi convidado pelos autores do livro para a apresentação do mesmo. Fernando Paulouro sublinha que esta é uma publicação onde se debate “o País que calhou em sorte”. Este livro permite, segundo o jornalista, ir ao encontro das marcas identitárias da portugalidade e assume-se como “um contributo assinalável para a realização de uma memória coletiva”. “Aqui estão traços da portugalidade em vários domínios e também passagens de alguns daqueles que melhor falaram sobre este território como Eça, Camilo e Mário Cláudio. Um trabalho conjunto que apresenta diversos sinónimos de Portugal” acrescenta.
Uma obra que tenta responder ao que se entende por “ser português”. No conjunto de textos agora apresentados conseguem-se uma base para desenvolver um melhor conhecimento “sobre o que é o Portugal mais tradicionalista, mas também o Portugal europeu e evoluído”, diz Paulouro. Um conjunto de textos que “fazem o leitor viajar no seu imaginário por cima de fronteiras e ter uma perspetiva de Portugal no mundo. Este tipo de obras é essencial para nos fazer pensar porque Portugal tem muitos armários e fantasmas, mas pouco coragem para os enfrentar”, concluiu.