Mostrar o que as 24 equipas de empreendedores realizaram na mais recente iniciativa de consultoria avançada é o objetivo da sessão final do CEBT. Um evento que decorre no anfiteatro 8.1, dia 22, a partir das 14 horas.
Esta é a primeira ação de Competências Empreendedoras de Base Tecnológica (CEBT) de âmbito ibérico. Na iniciativa que reúne os reitores das três universidades portuguesas envolvidas: Beira Interior, Aveiro e Coimbra; vão ser apresentados 24 projetos de base tecnológica realizados pelas equipas que participaram nas várias sessões. Para a Maria José Madeira, docente do Departamento de Gestão e Economia e uma das responsáveis, “as pessoas que integraram esta atividade são de diferentes áreas o que confere um cunho multidisciplinar aos recursos finais”. No caso da UBI participam 25 pessoas, divididas em cinco equipas.
No balanço geral, a docente garante que “em todas as instituições superamos as expetativas no que respeita ao número de participantes. Temos muito mais elementos e pessoas empreendedoras que querem mostrar as suas ideias de negócio e a valorização das tecnologias a que se propõem”. Engenharia, saúde, biotecnologia, tecnologias da informação, são algumas das áreas centrais dos projetos que agora nasceram. Esta ação, organizada em parceria pela Universidade da Beira Interior (UBI) com as Universidades de Coimbra e de Aveiro e Conselho Empresarial do Centro/Câmara de Comércio e Indústria (CEC/CCIC), contou também pela primeira vez, com a participação de quatro universidades espanholas: Universidade de León, Universidade de Salamanca, Universidade de Valladolid e Universidade Pontifícia de Salamanca. Num futuro próximo, Maria José Madeira espera que o leque seja alargado “e se consiga ter um evento de dimensão europeia”.
No CEBT Ibérico participaram alunos finalistas do ensino superior, de pós-graduação, recém-licenciados, quadros técnicos superiores de entidades públicas e privadas, membros da rede dos antigos estudantes e antigos formandos de edições desta formação. Ministrada em horário pós-laboral, a formação permitiu que os participantes aprendessem, num espírito de continuidade, como aceder às tecnologias, a identificar produtos comercialmente viáveis, a analisar mercados, a desenvolver uma adequada estratégia tecnológica, “visando o mercado, construindo o seu plano de negócio e criar uma nova empresa. As equipas tiveram, neste percurso, a possibilidade de contatar com mentores financeiros, quer sejam capitais de risco, business angels ou outra solução bem como mentores empresariais”, acrescenta.
O docente do Departamento de Gestão e Economia recorda que “se atravessa um tempo que não é favorável à criação de empresas, como o era noutras épocas”. A título de exemplo, “a facilidade de financiamento dos projetos é agora muito mais difícil, mas por outro lado, também sentimos que existe uma maior necessidade, nos participantes, de criarem a sua própria empresa. Acho que as pessoas que participam neste tipo de ações começam a mostrar a vontade de montar a sua própria empresa”. Daí que, o balanço apresente resultados “bastante bons”. “Temos já criadas dez empresas de base tecnológica, temos sete tecnologias que foram licenciadas e outras sete empresas, não criadas diretamente no curso, mas com base em projetos que foram amadurecendo”, reitera a docente.
Para o futuro, Maria José Madeira espera políticas mais centradas nos jovens,” medidas que possam ser tomadas de forma a fomentar o empreendedorismo juvenil e nesta fase, em que temos jovens bastante qualificados no desemprego, há que apoiar os espíritos empreendedores”, aconselha a docente.