O sol que se fez sentir ao longo de todo o passado dia 28 de janeiro ajudou ao passeio dado pelos membros da comissão concelhia do PCP. Diversos representantes deste partido contactaram com os habitantes do Bairro do Cabeço, no Tortosendo, do Bairro das Nogueiras, no Teixoso, do Bairro da Estação, na Covilhã e do Bairro da Alâmpada, na Boidobra.
Para Vítor Reis Silva, deputado municipal eleito pelo PCP foram encontradas “situações degradantes e preocupantes porque a câmara abandonou as pessoas. Abandonou os seus inquilinos e cobra valores elevados e exagerados por este tipo de habitação. A radiografia deste cenário é triste e preocupante”. Este tipo de abandono, no entender dos comunistas, passa pela falta de manutenção, pela falta de participação e apoio em estruturas comuns dos prédios, entre outros casos. “Flagrante” é também para Vitor Reis Silva, a falta de espaços públicos, de zonas de lazer e jardins de infância nos diferentes bairros habitacionais. O périplo por estas estruturas, levou a que os membros da comissão concelhia apontassem casos como “problemas estruturais em todos os bairros, problemas de limpeza, de ausência de transporte, locais onde estão muitos idosos e não têm nada”. Nesse sentido, o deputado municipal lembra também que “no Tortosendo a única estrutura que existe é um café e a loja social que abre uma vez por mês, não há um pequeno mercado, não há transportes, não há zonas de lazer e parques infantis. O que nós ouvimos é que de parte da câmara há uma atitude de controlar apenas as rendas e não servir as pessoas”.
As habitações degradadas e os aumentos “de 400 por cento” nas rendas são pontos que vão levar os elementos comunistas e enviar várias questões à câmara. “Na zona de Estação, temos pessoas que transitaram do Instituto de Gestão Financeira para a Câmara da Covilhã, em dois anos, tiveram um aumento de 400 por cento. Mas as reformas não aumentaram, a água aumenta, as despesas aumentam, aumentam o preço da eletricidade, dos bens essenciais e as pessoas estão preocupadas e apreensivas relativamente ao futuro”, diz Reis Silva, que sublinha a importância da autarquia nestes casos.