Ivo Canelas esteve na UBI na passada sexta-feira, dia 20 de Janeiro, para uma Master Class destinada aos alunos de Cinema.  

O ator falou da sua experiencia profissional e classificou o seu filme “O último condenado à morte “ como um fracasso. Para o ator, o trabalho resulta “quando existe liberdade na interpretação ” considerando António Pedro Vasconcelos como o realizador com quem mais gostou de trabalhar. Ivo Canelas carateriza o cinema como uma arte subjetiva onde “não há certos e errados”, sendo um mercado competitivo e com um fator sorte.”Temos de encontrar formas de viver para podermos escolher a nossa arte e não nos submeter à arte dos outros”, explica o artista. Canelas criticou o consumo da arte em Portugal e justificou-o com a crise: “na sociedade em que vivemos é normal que as pessoas tenham outras preocupações”. Apesar das dificuldades, o ator considera que é possível ser artista em Portugal:” há sítios muito mais complicados para ser artista, apesar de tudo vivemos em liberdade”, explica o convidado.

O jovem ator, que frequentou o The Lee Strasberg Theatre and Film Institute em Nova Iorque como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, já participou em mais de 20 filmes, tendo ainda trabalhando em teatro e televisão.

Eva Esteves, aluna do curso de Cinema e responsável na organização do evento, considera o balanço muito positivo.” Estamos todos muito satisfeitos com a vinda do Ivo, faltava-nos master class sobre o papel do ator e decidimos chamar alguém com alguma experiência”, explica a aluna.“Vinha com expetativas e fiquei surpreendido. Gostei da forma como o Ivo Canelas se dirigiu ao público. Acho que conseguiu despertar a atenção das pessoas”, refere o estudante universitário, José Costa, participante na masterclass.

A aguardar novos projetos, o actor deixa uma mensagem aos estudantes da Ubi considerando conhecer o mundo, a paixão e o trabalho características importantes num mercado cada vez mais competitivo.