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Carvalho da Silva na UBI
· quarta, 25 de janeiro de 2012 · @@y8Xxv A Faculdade de Ciências Socias e Humanas (FCSH) da UBI acolheu no passado dia 19 de Janeiro a conferência Portugal: os desafios do futuro. O secretário-geral da CGTP foi o orador principal. |
O secretário-geral da CGTP liderou a conferência, falando com os presentes sobre o estado do país. |
21977 visitas O anfiteatro 7.21 da FCSH encheu para ouvir a palestra de Manuel Carvalho da Silva, onde o orador fez uma reflexão sobre a situação económica mundial, com particular enfoque no espaço europeu e em Portugal. O Apesar de fazer a introdução da palestra com base nos fatores de crise económica e social a nível mundial, foi sobre a situação do país que o secretário-geral da CGTP se debruçou durante mais tempo. Carvalho da Silva escolheu seis temáticas afirmando que “são seis temas que obrigam a um enorme debate" e que, no seu ponto de vista, "devem estar no centro de qualquer projeto de desenvolvimento para o país. “ Em primeiro lugar, o orador falou sobre os novos paradigmas para as políticas de emprego.“Nós estamos a assistir a um ataque demolidor, ao trabalho com direitos” disse Carvalho da Silva. O secretário-geral do CGTP explica esta afirmação dizendo que se tenta criar na sociedade a ideia de que o que importa é trabalhar, não importando as condições dos trabalhadores. Manuel Carvalho da Silva aproveitou para criticar Eduardo Catroga, ironizando o seu carácter de trabalhador altruísta. A seguir salientou que o emprego deve ser uma atividade útil para a produção de serviços e bens que sirvam a sociedade nas mais diversas áreas sendo este o grande combate dos trabalhadores. O terceiro tópico foi o combate à precariedade em defesa da segurança e da estabilidade dos trabalhadores. “Podem existir novos fatores de equilíbrio nas relações (…) agora que não se institua é a precariedade como solução, e muito menos dizer que é a precariedade que pode gerar motivações. Isso é uma aberração total” salientou Carvalho da Silva. O orador falou ainda na revitalização do conceito de empreendedorismo que deve ser pensada para motivar e melhorar as capacidades dos profissionais. O quarto assunto abordado foi a atualização e a defesa do valor do salário. O orador falou sobre a justiça ao nível das remunerações salariais e da luta que sempre existiu entre a relação capital/trabalho, luta esta que não deve deixar de existir. “O salário colocado como uma parte da riqueza produzida só começou a ter alguma discussão que introduziu o mínimo de justiça quando os trabalhadores se apresentaram para a discutir coletivamente”, declarou o secretário-geral da CGTP, que salientou ainda a importância da contratação coletiva dizendo que na segunda metade do século XX nenhum pacote de medidas políticas foi mais positivo so que este fator na distribuição da riqueza. Nos últimos dois tópicos, Manuel Carvalho da Silva abordou o direito ao controle do tempo de trabalho e a segurança social. Em relação ao tempo de trabalho, o secretário-geral do CGTP mostrou o seu desapontamento com o acordo aprovado que estabeleceu os bancos de horas, afirmando que “é uma desgraça”. Sobre a segurança social, o sindicalista afirmou que não se pode discutir um sistema de segurança social solidário e universal sem a efectivação do compromisso capital/trabalho na efectivação da riqueza. Para concluir este tópico orador afirmou que em Portugal está a ocorrer um caminho acelerado para a pobreza. Esta iniciativa, que encheu o anfiteatro, resultou de uma organização tripartida entre a Rádio Cova da Beira, a União dos Sindicatos de Castelo Branco, e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UBI. |
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