De que modo o voluntariado nas empresas pode ser importante para a sua imagem e de que forma se pode repercutir nos colaboradores da empresa foi o tema abordado por Rui Mendes da Costa, colaborador da Galp Energia. Na conferência, que decorreu na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, no passado dia 6 de Janeiro, Rui Costa apresentou o caso a petrolífera nacional.
Envolver os colaboradores da empresa, aumentado a sua satisfação e motivação para novos projetos, é o principal objetivo das ações de voluntariado. A promoção da imagem interna e externa da marca  é outro dos fatores a ter em conta. Através da Galp Voluntária, os colaboradores da empresa participam, desde Março de 2011, em ações de voluntariado em parceria com outras instituições sociais, atuando em diversos campos como o da educação, do ambiente e eficiência energética, da prevenção rodoviária e da saúde e bem-estar.
Uma das ações de voluntariado da Galp consistiu na reparação de casas de idosos, em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. O projeto, apelidado de Reparar, foi uma das primeiras ações da Galp Voluntária e envolveu 116 voluntários tendo sido reparadas dez habitações das 26 envolvidas.
Realizar desejos foi outra das ações da Galp Voluntária com o programa Make-A-Wich. Crianças com doenças graves, degenerativas e terminais tiveram a possibilidade de cumprir um desejo.“Todas estas ações de voluntariado trazem satisfação, orgulho e prazer em quem nelas participa. Muitos colaboradores acabaram por estabelecer uma ligação com as pessoas que ajudaram”, refere Rui Mendes da Costa.
Todos os colaboradores da Galp se podem inscrever para as ações de voluntariado e existe total confidencialidade se o colaborador assim o exigir. Em casos que possam ferir suscetibilidades, existe uma seleção dos voluntários, visando proteger o colaborador. Antes de qualquer ação de voluntariado, os colaboradores recebem ainda ações de formação que lhe permitam desenvolver estas ações. Neste momento a Galp Voluntária conta 19 projetos em curso e 900 voluntários inscritos, dos quais 389 se encontram em atividade. Estas ações de voluntariado têm o valor máximo de 48 horas anuais e todos os projetos são monitorizados e avaliados.
No final da apresentação de Rui Mendes da Costa houve ainda espaço para a colocação de questões e para uma pequena apresentação sobre voluntariado no Banco alimentar, tema da tese de uma aluna de marketing, que conclui mestrado no ano letivo 2010/2011. Depois de analisado o voluntariado ao nível das empresas, a aluna mostrou o voluntariado na perspetiva individual, tendo neste caso como objeto de estudo o banco alimentar da Covilhã e de Viseu, focando sobretudo as motivações que levam as pessoas a participar em ações de voluntariado. Esta iniciativa foi promovida pelo Departamento de Economia e Gestão da universidade no âmbito do 2º Ciclo de estudos em Marketing.