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Macedo de Cavaleiros: Tradição transmontana.
Nicolas Reis · quarta, 4 de janeiro de 2012 · Continuado Dinheiro na mão e bolsos cheios são obrigatórios na passagem de ano transmontana. |
Fogo de artifício. |
22008 visitas Às doze badaladas da última noite do ano, o barulho e alegria tipicamente transmontana saíram à rua. Todos gritavam, saltavam e festejavam a entrada no novo ano à sua maneira. Em Meireles, aldeia de Vila Flor, o novo ano começou com fogo-de-artifício. Cidália Gomes habitante da aldeia, estava radiante com o modesto espetáculo pirotécnico, mas prevê um ano difícil: “esperemos que a crise não se agrave e a saúde seja uma constante neste ano”, diz. Uma das tradições nesta localidade é entrar no novo ano com dinheiro na mão e os bolsos cheios, pois isso representa um bom presságio para o resto do ano: que o dinheiro e a abundância não vai faltar nessas casas. Em Meireles, no fim-de-ano também existe a tradição do madeiro, este com a particularidade de que a madeira tem de ser roubada pelos solteiros da aldeia. Em Macedo de Cavaleiros, o barulho é a palavra de ordem no momento da passagem-de-ano. A população vai para as varandas bater com os tachos e gritar “fora com o velho” para que o ano novo entre. A tradição da roupa interior também é seguida na cidade: as pessoas procuram entrar no novo ano com peças azuis. Os mais idosos também fazem questão de ir dar os “repenicos”, badaladas no sino da igreja local. Adelaide Lino, habitante local, diz que não existe grande tradição gastronómica para esta data festiva. “Cada pessoa come o que quer, não existe tradição, isso é mais no Natal, só existe mesmo a tradição das doze passas e dos desejos”, refere Adelaide. Com mais ou menos tradições, a noite prossegue de várias formas, dependendo da vontade das pessoas. Algumas voltam para casa e outras, sobretudo os mais jovens, continuam a diversão até de manhã nos vários bares e discotecas da cidade. |
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