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Na Covilhã desde setembro de 2016, a aluna brasileira Letícia Lima viu a sua vida completamente virada do avesso quando decidiu abandonar o curso de Comunicação Social e Jornalismo na Universidade da Amazónia, no Brasil, na procura de uma vida mais segura:
“Vi uma oportunidade de fugir da violência e da desorganização que estava na minha cidade”.

A agora aluna do segundo ano de Ciências da Comunicação teve conhecimento da UBI através de um amigo brasileiro que já estava a estudar na universidade e decidiu experimentar durante um mês para ver se se adaptava. O teste teve sucesso.  No Brasil, Leticia tinha uma vida muito ativa: “De manhã ia para a faculdade, de tarde tinha o estágio e à noite dava aulas de dança. Era muito agitado”. Mas hoje parece não sentir falta de nada do Brasil, apenas tem saudades da avó. 

A segurança


A adaptação à Covilhã “foi tranquila”. O que mais gostou foi a segurança da cidade, aspeto de grande contraste em relação à sua terra natal. Até o clima é visto por um prisma positivo: “Sempre quis conhecer um lugar frio, porque no Brasil é muito quente, abafado e húmido”.  No entanto, nem tudo foi fácil. Chegou após as aulas terem começado e sentiu que a integração na turma foi difícil, até porque os portugueses são “muito mais fechados” do que os brasileiros, um povo que gosta de sorrir, abraçar e se tocar muito. 

Tendo iniciado os estudos na universidade da Amazónia, Leticia aponta algumas diferenças no ensino, nomeadamente no que diz respeito à prática, uma vez que o curso lá era menos voltado para a teoria do que na UBI.  Depois de concluir a licenciatura em Ciências da Comunicação, Leticia pretende continuar os estudos na UBI, explicando que pretende trabalhar em Portugal, algo que já está a colocar em prática, uma vez que trabalha na empresa de animação Izi Fun enquanto tira o curso. Hoje, Letícia não sente grandes problemas de adaptação a Portugal. Apesar de sentir alguma falta da comida brasileira, Leticia também gosta da comida portuguesa, em especial da francesinha e do bacalhau com natas. 

"Lá já não me vejo"


Quando regressou ao Brasil, em fevereiro deste ano, Leticia sentiu um impacto enorme até na sua saúde. “Quando saí do avião e senti o clima da minha cidade fiquei com falta de ar, parecia que tinha asma”. Demorou três dias até se voltar a habituar ao ambiente e já não se sentiu em casa, mas uma turista: “Quando voltei parecia que eu já não estava em casa”.  “Lá eu já não me vejo”, confessa Leticia, desejando tornar-se uma pessoa independente que espera alcançar todos os seus objetivos em Portugal.