Covilhã em guerra
Grande parte da zona da Serra da Estrela está a ser utilizada para um exercício militar de larga escala. Preparar tropas para o Afeganistão é o principal objectivo desta actividade que dura até ao próximo dia 4.
> Eduardo AlvesO título pode parecer exagerado, mas quem se deslocar até à zona do Aeródromo da Covilhã e não tiver conhecimento do exercício militar que aí se realiza poderá poensar o mesmo.
A Força Aérea Portuguesa (FAP) realiza, até dia 4 de Fevereiro, um exercício militar denominado “Real Thaw 2010”. Esta actividade conta com a participação de duas esquadras aéreas portuguesas, a 201 “Falcões” e a 301 “Jaguares”, quer também com esquadras dinamarquesas. No terreno estão militares das Forças Armadas Portuguesas, que são acompanhados por alguns militares americanos, espanhóis e também dinamarqueses.
Um vasto teste que decorre entre a Base Aérea de Monte Real e a Covilhã, no que respeita aos exercícios aéreos e a zona de Penamacor e Seia, nas actividades de terreno. Operacionalizar as tropas e distribuir recursos são alguns dos pontos-chave deste exercício. As actividades pretendem também preparar o contingente militar para as missões que decorrem no Afeganistão.
Segundo os responsáveis pelo exercício, as condições que podem ser encontradas em algumas zonas da serra são semelhantes ao teatro de operações que os militares encontram no Afeganistão, daí que a escolha tenha recaído na Estrela. Na Covilhã está montada uma base de apoio a Monte Real, de onde parte todo o comando da operação. A cidade neve recebeu vários helicópteros “Alouette III” e também outras aeronaves.
Na operação estão envolvidos diversos aviões F-16 e F-18, Hercules C130 e também um avião radar da Nato, para além dos helicópteros Alouette III e EH101-Merlin. Um exercício que conta com a participação de mais de mil militares e diversas viaturas que testam a capacidade de escolta de alvos lentos, escolta a colunas de viaturas terrestres de ajuda humanitária, apoio aéreo a forças terrestres em ambiente urbano, operações compostas de ataque aéreo, retirada de elementos militares e não-militares, com e sem ameaça aérea, apoio aéreo a operações especiais, lançamento de carga aérea e de pára-quedistas, busca e salvamento, operações aéreas em ambiente marítimo, assalto e protecção de aeródromos e trabalho com controladores aéreos tácticos.
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