TMG apresenta trabalhos de Luís Gonçalves
Os cinquenta anos de pintura de Luís Gonçalves vão ser assinalados pelo Teatro Municipal da Guarda com uma exposição de quadros. A mostra estará patente ao público até dia 14 de Março.
> UrbiAbriu ao público, no passado dia 16, uma mostra na Galeria de Arte do Teatro Municipal da Guarda. Trata-se de uma grande exposição retrospectiva de Luís Gonçalves. Considerado o pintor guardense com maior exposição nacional e internacional, é, ainda assim, um ilustre desconhecido na sua terra natal. A exposição intitula-se “Horizonte. 50 anos de pintura” foi inaugurada, com a presença do autor.
Luís Gonçalves nasce em 1936 na Guarda. Faz o liceu e tira o curso do Magistério Primário ao mesmo tempo que se evidenciam às suas tendências artísticas. Expõe pela primeira vez em 1954; a aguarela e a caricatura são, nessa época, as suas formas de expressão.
A partir de 1957 passa a viver e a trabalhar em Lisboa. Faz o curso complementar de pintura na E.S.B.A.L e parte para Itália como bolseiro da Fundação Gulbenkian, frequenta o curso do Magistério Profissional de Arte em Florença, faz o curso de arte Bizantina e Ravenana em Ravena e expõe no Centro de Encontro para Estrangeiros no Palácio Strozzi em Florença.
Expõe na maior parte dos salões de arte moderna realizados em Portugal, a partir de 1960 e toma parte em exposições internacionais como a VII Bienal de S. Paulo e na IV Bienal de Paris entre muitas outras nas décadas de 60 e 70.
Foi galardoado com os prémios “Roque Gameiro”, “Domingos Sequeira”, “Júlio Mardel” e outros mais.
Na segunda metade da década de 80 do século passado, a sua pintura sofre uma transformação evidente. Umbilicalmente ligado ao abstracto horizonte da “paisagem”, estrutura e geometria do invisível no plano do possível…
É a fase das pinturas de maiores dimensões, relacionadas com a Guarda, numa espécie de “retorno às origens” e dos quadros da série “Horizontes” que dão o título a esta exposição, 50 anos de pintura.
“O percurso de Luís Gonçalves sempre foi norteado por uma insatisfação constante; o autor nunca se deu por contentinho com o caminho achado, quis sempre mais, procurou, insubmisso, outros naipes; e, deste modo, vejo-o partir do informalismo abstracto, do tachisme (sei, mas não fui contemporâneo dessa vivência, que os primórdios de L.G. estribam-se na aguarela e na caricatura, tendo realizado a primeira mostra, na Guarda, em 1954), vejo-o, repito, a trabalhar o abstracto com uma souplesse e um arreganho indisfarçáveis”, refere o crítico Fernando Grade a propósito do artista plástico Luís Gonçalves. “Horizonte. 50 anos de pintura”, de Luís Gonçalves ficará patente no TMG até14 de Março e pode ser visitada de Terça a Domingo. A entrada é livre.
> eduardo_simoes @ hotmail . com em 2010-02-05 18:43:00
Os últimos quadros de Luís Gonçalves têm cor, vida, movimento. Nos primeiros, a cidade da Guarda, mostra a pujança do artista. A Sé, os telhados das casas, as ruas, deslumbram quem conhece a cidade.
Recomenda-se a visita à exposição. O real e o imaginário, impresso nas telas, fazem sentir o confortável e a esperança da vida.
C.S
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