“Lagartos” à solta no museu
A vida colectiva do Sardoal está retratada num conjunto de imagens assinado por Alberto Monteiro. O Núcleo da Real Fábrica Veiga, Museu de Lanifícios, acolhe esta mostra até ao próximo dia 17 de Fevereiro.
> Eduardo AlvesUma conversa de café despertou o interesse de Alberto Monteiro pelas actividades culturais do Sardoal. Este fotógrafo que sempre manteve uma relação muito próxima com a imagem etnográfica acabou por aceitar o desafio de fotografar as principais actividades colectivas daquela localidade.
O desafio deu origem a um conjunto de imagens a preto e branco que dão vida às principais acções comunitárias, como a actuação do rancho folclórico, do lagar de azeite, de uma oficina, entre outros. Este amante das imagens a dois tons, cujo trabalho pode agora ser apreciado na Real Fábrica Veiga, do Museu de Lanifícios da UBI, lembra eu o “o Sardoal tem um orgulho muito forte e próprio das suas tradições e estende esse orgulho e essa alegria à sua modernidade”.
A aventura levada a cabo por este fotógrafo portuense resulta “de toda uma linha que tem sido seguida”. Alberto Monteiro gosta “de fotografar gente e de mostrar as suas expressões”. Isso mesmo pode ser visto nas imagens de “Lagartos”, nome atribuído aos naturais do Sardoal. Uma mostra de usos e costumes de um pequeno povo “que tem um grande orgulho nas suas tradições”. Depois de 20 anos sem grandes actividades fotográficas, Alberto Monteiro realizou este trabalho. Ao longo de um ano, o fotógrafo viveu de perto as principais iniciativas culturais do Sardoal. Rituais, “desde religiosos a pagãos, como a matança do porco, que têm um significado especial para a comunidade”.
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