Voltar à Página da edicao n. 520 de 2010-01-05
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
Director: João Canavilhas Director-adjunto: Anabela Gradim
      Edição: 520 de 2010-01-05   Estatuto EditorialEquipaO Urbi ErrouContactoArquivo •  
A Junta do Tortosendo pretende que o Ministério da Educação apresente soluções concretas para o problema

Apenas cinco auxiliares para 200 alunos

As Escolas do Largo da Feira e Montes Herminios, no Tortosendo, estão desde ontem, segunda-feira 4, com menos 11 funcionários auxiliares. Faziam parte de um programa ocupacional para desempregados, que entretanto chegou ao fim. No arranque do segundo período lectivo, a não renovação destes contratos para pessoal não docente "está a por em causa o bom funcionamento dos dois estabelecimentos de ensino", acusa a junta de freguesia.

> Paulo Braz

Com a entrada do novo ano, os custos associados aos programas ocupacionais subiram para valores "incomportáveis", acusa a Junta de Freguesia do Tortosendo. A autarquia aponta o dedo ao Instituto de Emprego e ao Ministério da Educação por não encontrarem soluções que permitam manter os mesmos auxiliares. David Silva, secretário da Junta de Tortosendo, diz que o Ministério da Educação e o IEFP foram alertados para esta situação no início do ano lectivo, mas as respostas foram sempre negativas". O responsável acrescenta ainda que "se hoje há dificuldades em manter as actividades nas duas escolas, a responsabilidade é daquelas duas instituições". Até agora, a junta suportava refeições, transportes e seguros com cada trabalhador do POC, mas "a lei mudou e agora obriga a comparticipar em 20 por cento do valor mensal pago aos funcionários e por isso não temos capacidade para suportar tal despesa", acrescenta David Silva.
A partir de agora, as duas escolas passam a contar apenas com as funcionárias do quadro (duas numa e três noutra) para apoiar as cem crianças de cada estabelecimento. As preocupações da autarquia prendem-se também com a cantina escolar, onde pode estar em risco a confecção das 80 refeições diárias, porque só fica uma cozinheira. David Silva esclarece que a junta "já assegurou o reforço de mais duas pessoas para servir as refeições", mas garante que, mesmo assim, "vai ser muito difícil prestar um serviço eficiente".
Por outro lado, a situação complica-se porque a autarquia da Covilhã não faz parte da lista dos protocolos com o Ministério da Educação que salvaguarda estas situações. No entanto, David Silva considera que o ministério "deve olhar de forma diferente para estas escolas". Aquele responsável considera que "não devem ser as autarquias locais a suportar estas despesas e a financiar o Ministério da Educação,  quando todos os anos somos confrontados com a redução das verbas a que temos direito" referiu.
Mas o director do Agrupamento de Escolas do Tortosendo, Alfredo Costa já veio garantir que há condições para as escolas funcionarem normalmente. De acordo com aquele responsável "as funcionárias que dizem respeito ao Ministério da Educação estão nas escolas e cumprem os rácios definidos na lei". Se houver problemas "será nos serviços prestados pela autarquia e se isso se verificar vamos falar com a junta", sublinhou.
Com vista a dar continuidade às suas reivindicações, a Junta do Tortosendo marcou para a tarde desta terça-feira uma reunião com pais e encarregados de educação para discutirem o assunto.


A Junta do Tortosendo pretende que o Ministério da Educação apresente soluções concretas para o problema
A Junta do Tortosendo pretende que o Ministério da Educação apresente soluções concretas para o problema


Data de publicação: 2010-01-05 00:32:41
Voltar à Página principal

Multimédia

2009 © Labcom - Laboratório de comunicação e conteúdos online, UBI - Universidade da Beira Interior