Almeida Garrett é novo programa de mobilidade
Cinco alunos da Universidade da Beira Interior vão este ano participar no projecto-piloto de mobilidade nacional de alunos do Ensino Superior. O programa denominado “Almeida Garrett” permite agora que alunos de quatro universidades frequentem semestres lectivos em diferentes instituições.
> Eduardo AlvesPromover a qualidade e reforçar a dimensão nacional das instituições de Ensino Superior é o primeiro objectivo do mais recente programa de mobilidade estudantil. “Almeida Garrett” arranca este ano na Universidade da Beira Interior, que se associou "às universidades de Évora, Aveiro e Coimbra", explica Sofia Lemos, do Gabinete de Programas, e que permite agora a cinco alunos da instituição covilhanense a frequência de um semestre lectivo num curso disponibilizado pelas outras três academias.
A este programa de mobilidade interna podem candidatar-se os alunos do primeiro ciclo de estudos que tenham, pelo menos, 60 créditos ECTS.
Um projecto que tem assegurado o reconhecimento da frequência de aulas e actividades e abrange também os estágios, trabalhos de fim de curso ou projectos finais de curso. Este programa pretende também incentivar a cooperação entre instituições e o reconhecimento académico de estudos nas diferentes instituições.
Os alunos interessados podem apresentar a sua candidatura até ao próximo dia 8 de Janeiro no Gabinete de Programas e Relações Internacionais onde preenchem um formulário com a respectiva candidatura. Segundo Sofia Lemos, técnica deste gabinete, “os alunos têm de analisar os cursos para onde se candidatam e depois irá decorrer uma selecção e será definido um plano de estudos para os alunos seleccionados”. Para todos os que participem neste programa, que permite conhecer a realidade das diferentes instituições de ensino em Portugal, está assegurado um certificado de presença, no final do programa, mediante a apresentação de um relatório final, por parte dos alunos.
Ao contrário do que acontece com o Programa Erasmus, “o Almeida Garrett não oferece bolsa ou financiamento para as deslocações”, acrescenta Sofia Lemos. Segundo o regulamento deste programa, os alunos continuam a pagar as propinas nas suas universidades de origem, custeando a sua deslocação para a academia que queiram frequentar durante um semestre.
Para já, esta é uma iniciativa que funciona a título experimental. Fomentada pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), pretende também contribuir para o desenvolvimento de uma aprendizagem de qualidade ao longo da vida, para o reforço da realização pessoal, da coesão social, da cidadania activa e da cidadania nacional. Promover a criatividade, a competitividade e a empregabilidade são também pressupostos do programa Almeida Garrett que no próximo ano poderá já abranger um maior número de alunos e também de instituições de Ensino Superior.
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