É sob o olhar atento do padroeiro da Aldeia da Cova-Gala, S. Pedro, que soam as 12 badalas do sino da Igreja. Chegou 2010.
Na Cova-Gala, a tradição na noite mais longa do ano já não é o que era. Quem o diz é Inácio, sócio honorário do Clube Mocidade Covense há 40 anos. “Hoje em dia isto não é nada. Antigamente é que era festa, com matiné à tarde e baile à noite. Nem havia espaço no Clube.” Inácio mostra-se crítico em relação aos elevados gastos financeiros que se fazem hoje para celebrar a passagem de ano. “Naquele tempo, cada um levava um bolo e uma garrafa. No final já eram muitos bolos e muitas garrafas: com música e cinco tostões em foguetes já havia festa até ao sol nascer”
Apesar da tradição já não ser o que era, Inácio salienta que ainda há hábitos que perduram: “a malta covagalense ainda se dirige à zona norte da terra, o Cabedelo, para ver o fogo-de-artifício da Figueira. Isso é um hábito que vem do meu tempo”, destaca Inácio.
Na outra margem do Rio Mondego, a sensivelmente 8 quilómetros de distância, situa-se a Figueira da Foz. Aí, o Réveillon ficou marcado pelo mau tempo.
A festa para celebrar a chegada do novo júbilo decorria de 31 de Dezembro a 2 de Janeiro, na Avenida 25 de Abril e no Forte de Santa Catarina, mas o mau tempo alterou os planos. A Protecção Civil e a empresa que gere o turismo na Figueira da Foz comunicaram que“por não estarem reunidas as devidas condições de segurança para os intervenientes nos espectáculos e para o público”, os espectáculos ao ar livre foram cancelados. Por isso mesmo, “a organização apenas decidiu manter a realização do espectáculo piromusical".
O mítico rali de automóveis clássicos de fim de ano ainda se realizou dia 1 de Janeiro, mas o concerto de José Cid, que iria fechar o programa da passagem de ano na Figueira da Foz a 2 de Janeiro, foi adiado. Os espectáculos musicais foram adiados para datas ainda a definir.
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