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      Edição: 514 de 2009-11-24   Estatuto EditorialEquipaO Urbi ErrouContactoArquivo •  
A coreografia foi um ponto de destaque na actuação do coro.

Duas décadas a cantar

Projecto Zéthoven é uma mais-valia para a renovação de gerações.

> André Duarte

Inserido nas comemorações dos 20 anos de existência do grupo, o Coro Misto da Beira Interior organizou um concerto no passado sábado, dia 21, no auditório da Associação Cultural da Beira Interior.
No espectáculo dedicado aos coros da região estiveram presentes o grupo Coral de Proença-a-Nova, dirigido pelo maestro Carlos Gama, o grupo Coral Pedras Vivas, sob a direcção do maestro Vítor Casanova, e o Orfeão de Castelo Branco. As actuações duraram cerca de uma hora e terminaram com a homenagem do Coro Misto da Beira Interior aos maestros presentes no espectáculo.
O Coro Misto da Beira Interior que conta actualmente com 30 elementos, tem como estilo preferido a música sacra, mas “entra um pouco por todos os estilos” diz o maestro Luís Cipriano. A escolha das músicas é feita pelo próprio, que tem em conta parâmetros como as características vocais das pessoas membros do coro, o tempo de preparação das obras e o efeito que criarão num espectáculo. O repertório segue o mesmo diapasão e é escolhido em função do tipo de actuação em que o coro participa.
“Neste últimos cinco anos, o coro cresceu muito de qualidade”, salienta o maestro que destaca os períodos que antecedem os concursos: “chegamos a andar dois meses a ensaiar todos os dias”, o que torna difícil encontrar pessoas com a ambição e disponibilidade necessárias, refere Luís Cipriano. O maestro afirma conhecer “muitos profissionais cujo comportamento não se pode comparar sequer às pessoas que estão no coro” e destaca que são “pessoas extremamente sérias e dedicadas”.
Letícia Alves, membro do Coro, refere ter entrado com 14 anos, esteve lá quatro, saiu para terminar o curso e agora, com 24 anos, está novamente no coro. Nota-se uma grande evolução e vê-se pelos resultados que temos obtido nos concursos” diz Letícia Alves. Daniel, também um elemento do coro, salienta que “o maestro é muito exigente nos ensaios e isso também desperta o interesse”.
O Coro lançou o seu primeiro CD há dez anos, em Porto Rico, e já conta com 13 trabalhos editados. Ao longo de 20 anos, o coro actuou em 24 países. O grupo tem uma dimensão internacional e o seu valor é reconhecido entre os coros, refere o maestro, dizendo que “politicamente não acontece o mesmo”.
O Coro Misto da Beira Interior tem uma faixa etária jovem e isso deve-se ao projecto Zéthoven, iniciado em 1999 e desenvolvido pela ACBI da qual o coro faz parte. “É no projecto Zéthoven que nós detectamos os novos valores para mais tarde poderem vir a integrar o coro”, explica Luís Cipriano que diz ter crianças a cantar na Associação desde os três anos de idade. Inseridos no projecto estão quatro distritos num total de 3 mil crianças por semana. A par com o Coro Misto da Beira Interior e com o projecto Zéthoven, a ACBI integra ainda a Orquestra Clássica da Beira Interior.


A coreografia foi um ponto de destaque na actuação do coro.
A coreografia foi um ponto de destaque na actuação do coro.


Data de publicação: 2009-11-24 00:00:01
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