Alexandre Relvas: “ Mar, floresta e turismo são vantagens potenciais para o país”
O administrador de empresas português sublinhou a urgência de medidas conjunturais e afirma que “é necessário dar respostas aos bloqueios estruturais da economia portuguesa”
> Sara Figueiredo“Economia pós-crise em Portugal” foi o tema da conferência que decorreu no dia 12 de Novembro em que Alexandre Relvas participou. No seu discurso, o accionista da Logoplaste e Administrador da Norfin, focou o seu discurso em aspectos como debilidades estruturais, medidas de crescimento e inovação de Portugal e a sua perspectiva acerca das políticas públicas. O seu objectivo foi o de transmitir aos jovens estudantes novos conhecimentos, contribuir para a sua formação académica e prepará-los para um mundo de desafios e competitividade.
Durante a intervenção, o orador afirmou que “Portugal vive uma dupla crise, uma conjuntural e outra estrutural”, por isso sublinhou a urgência de medidas conjunturais e assegurou que “é necessário dar respostas aos bloqueios estruturais da economia Portuguesa”. Para Alexandre Relvas, a resposta à conjuntura deve estar centrada no reforço da competitividade das Pequenas e Médias Empresas, nos investimentos públicos de proximidade e nas políticas activas de emprego “que permitam minimizar o valor do desemprego que hoje atinge mais de 500 mil portugueses”. Acrescentou que ao nível das políticas estruturais é necessário “consolidar as despesas públicas, reduzir a carga fiscal, melhorar o sistema de justiça, repensar situações de competitividade das empresas e apostar mais nos recursos energéticos”. Defende ainda que para criar mercados internacionalmente competitivos é fundamental “pensar no mar como um forte recurso económico, nas florestas e no sector do turismo enquanto vantagens potenciais do país”.
Face à situação económica Portuguesa, o orador considera que “os grandes projectos de investimentos como o TGV, a terceira ponte e o novo aeroporto devem ser reavaliados” uma vez que “ contribuirão para o aumento da dívida pública e da dívida externa portuguesa”. “Só uma adequada articulação de estratégias empresariais e de boas políticas públicas em conjunto com uma inteligência económica e competitiva pode alargar e enriquecer Portugal”, disse Alexandre Relvas.
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