“O gosto pela arte já cresce connosco”
Aprender foi o lema que uniu dez pessoas num workshop sobre cerâmica plástica
> Ana GonçalvesA loja Ponto JÁ, na Covilhã, foi o local escolhido para a exposição “Marotta art – artesanato urbano” sobre cerâmica plástica. Esta iniciativa, que começou no dia 2 de Novembro e se vai prolongar até ao final do mês, é dirigida por Marta Ferreira, que para além da exposição administrou dois workshops: o primeiro no passado dia 4 de Novembro e o segundo no dia 11 do mesmo mês.
Artigos de decoração, colares, brincos, anéis e porta-chaves são alguns dos objectos que se conseguem fazer com Fimo e Biscuit. O desafio lançado pela formadora foi fazer um acessório para o cabelo ou uma pregadeira com estes materiais. Os alunos só tinham de dar largas à imaginação.
Marta, de 36 anos, afirma que apesar de não ter formação nesta área sempre se interessou pelo artesanato tradicional. Este workshop teve o objectivo de ensinar a trabalhar com cerâmica plástica, neste caso especifico o Fimo. “As pessoas vão poder contactar com essa massa, descobrir quais as suas características, o que é que podem fazer com ela e depois no final elaborar uma peça que vão levar com elas” explica Marta Ferreira. Esta iniciativa surgiu a convite da Câmara Municipal da Covilhã: “além de me interessar muito pelo artesanato também gosto de comunicar e estar com pessoas. É uma forma de podermos fazer tudo ao mesmo tempo, o gosto pelo artesanato e a comunicação” afirma Marta.
Esta foi a primeira vez que Marta expôs na sua cidade natal. “Numa cidade estranha estamos à espera que as pessoas reajam de uma outra forma, aqui é mais complicado porque estamos sempre a lidar com pessoas que conhecemos, é o peso da responsabilidade. Mas espero que as pessoas gostem”, desabafa a artista. A Internet tem sido o meio mais importante para a divulgação do seu trabalho, e "permite chegar a todo o lado de uma forma rápida” afirma Marta, que consegue através do seu blogue e de emails mostrar suas peças a gente de todo o mundo.
David, de 23 anos e um dos alunos do workshop, diz que participou acima de tudo para se divertir e aprender. “O gosto pela arte já cresce connosco, se nos interessamos por arte gostamos de tudo um pouco”, diz David. Já Felismina Pardal, de 64 anos, conta que “é uma maneira de aprender, ocupar o tempo e algum proveito se tira disto, ainda por cima sabendo que é praticamente grátis e acessível.”
Não está previsto mais nenhuma edição deste tipo de workshop, mas tanto os participantes como a formadora mostraram desejo de haver mais iniciativas. A exposição vai ficar no espaço até ao fim do mês, e todas as peças se encontram à venda.
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