Troféu Nacional de Regularidade com título em aberto
Inscrições em número recorde de máquinas de outrora marcaram esta edição.
> André DuarteA dupla João Mexia e Nuno Machado, aos comandos de um Porsche 911 coupé, venceu o “Rali 24 Horas de Portugal” que se realizou este fim-de-semana entre o Fundão e a Pampilhosa da Serra. Pepe de La Parte e Lurdes de Juan, ao volante de um BMW 2002 Turbo, ficaram na segunda posição. O último lugar do pódio foi ocupado por Carlos Kremers e Marco Kremers que disputaram a prova num Porsche 914.
“Fomo-nos afastando da concorrência e levámos a bom porto esta vitória”, disse o vencedor, para quem o rali deste ano foi mais interessante do que no ano anterior. João Mexia encontra-se no primeiro lugar do troféu e está agora mais perto do título que vai ser decidido no rali “Terras do Norte, Baixo Cávado”, última prova do ano.
Esta foi a quarta prova do Troféu Nacional de Ralis de Regularidade que se insere também na Challenge Ibérica e no Trofeo Extremeño de Regularidad. A distância da prova era de 350 km, divididos por quatro etapas e duas Super Especiais: uma na Pampilhosa da Serra, que teve lugar no sábado, e outra no domingo a encerrar a prova, no Fundão.
As etapas “obrigaram a um ritmo muito intenso, sem grande tempo para descanso”, sublinha António Lopes da Silva que tripulou um Porsche 912 de 1967. O piloto destaca a boa organização do rali com “algumas provas difíceis”.
Uma particularidade desta prova é o facto da velocidade média nunca poder exceder os 50 km/h, como explicou Carlos Gomes, o director de Segurança do rali. Segundo Luís Brito, director da prova, os pilotos “têm de passar ao segundo exacto” nos pontos de controlo existentes ao longo das etapas, já que as classificações finais dependem das penalizações que daí resultem.
Quanto ao número de inscritos, o director da prova revelou que houve um maior registo de participantes, na ordem dos 30 por cento, em relação ao ano anterior. Luís Brito lembra que esta é a segunda edição do evento e que a lista de inscritos constitui um recorde numa prova de troféu de regularidade. O vencedor, João Mexia, sublinha que ter 75 inscritos à partida foi "a primeira vitória deste rali”.
Os automóveis em prova tinham no mínimo 23 anos de idade, requisito obrigatório para ser considerado “clássico” e poder participar neste tipo de provas. Parcídio Summavielle, que se apresentou num Opel 1904 SR de 1974 à partida do rali, refere que as provas de clássicos passam “muito mais pela camaradagem do que pela competição”. O piloto destaca a tecnologia existente, apesar da idade dos carros: “ para a maior parte dos automóveis há material melhor do que o material de origem da época”, diz Parcídio Summavielle.
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