Florestas da Região podem ser afectadas com o nemátodo

A praga que afecta os pinheiros bravos ainda não chegou às florestas da região. Contudo, José Silva, técnico florestal e uma das autoridades no que respeita a este tipo de doença dos pinheiros garante que a passividade das autoridades não é um bom sinal.

Os pinheiros bravos que compõem a maior parte das florestas da região da Beira Interior ainda não foram infectados pelo nemátodo. Uma praga que se espalha com bastante rapidez e destrói este tipo de árvore, acabando por dizimar as florestas.
A análise global da situação dos pinhais, sobretudo do distrito de Castelo Branco, foi feita por José Silva. Este técnico da Associação Florestal do interior tem sido uma das vozes empenhadas em esclarecer o tema, apontar medidas de acção e combater esta praga.
Segundo o técnico florestal, o papel que tem vindo a ser desempenhado pelas autoridades deste sector “não é o melhor”. Em declarações à Rádio Cova da Beira, José Silva começa por referir que as medidas de erradicação do nemátodo “foram tomadas tardiamente e não estão a resultar”. Pelo que, acrescenta o mesmo, “a percentagem de resultados positivos não consegue acompanhar a propagação da doença que está a aumentar exponencialmente”.
Para já, a associação florestal registo de casos “nos concelhos de Arganil, Seia, Oliveira do Hospital e Fornos de Algodres”. Factores que se traduzem numa proximidade “muito perigosa” desta doença dos pinheiros. O técnico florestal aponta o dedo às autoridades estatais. Em declarações ao mesmo órgão de informação, José Silva garante que ficou com uma sensação de passividade das autoridades, “quando em 1999 começaram a surgir os primeiros casos, na Península de Setúbal”. Esta doença afecta os pinheiros deixando-lhes os ramos secos e secando a sua resina. É transmitida através de insectos e inutiliza a madeira das árvores.